Mostra de longas nacionais pela primeira vez em muitos anos foi melhor do que a dos filmes latino-americanos. O filme “Colegas”, de Marcelo Galvão, foi o vitorioso faturando o Kikito de melhor filme.
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Produzida em pouco tempo e com grande corte de recursos, neste sábado, dia 18, ocorreu a cerimônia de premiação do 40º Festival de Cinema de Gramado.
Colegas, de Marcelo Galvão foi o vitorioso faturando o Kikito de melhor filme. No entanto, O Som ao Redor, de Kléber Mendonça Filho, agradou a crítica e foi o mais premiado do festival. A cerimônia ficou marcada por duas voltas por cima: a do próprio festival, que ainda pena para pagar dívidas de 2011, e a da mostra de longas nacionais, que pela primeira vez em muitos anos foi melhor do que a dos filmes latino-americanos.
Os organizadores circulavam entre o Palácio dos Festivais e o QG do evento comemorando a perspectiva de continuidade de seu projeto. Ainda que dependa do resultado das eleições municipais de outubro (a coordenadora-geral Rosa Helena Volk é a atual secretária da Cultura de Gramado), a equipe já se permite planejar a 41ª edição.
No palco do Palácio dos Festivais, o apresentador Leonardo Machado anunciou a cerimônia de sábado, 18, como “a grande noite do cinema brasileiro e latino”.
Um dos principais desafios do festival é se tornar homogêneo, em sua proposta estética e no seu nível de qualidade, o recorte de longas-metragens exibidos. Nesta edição, Gramado apresentou apenas cinco filmes latino-americanos em sua mostra competitiva, entre eles os precários Diez Veces Venceremos, vindo da Argentina, e Calafate, Zoológicos Humanos, do Chile.
Premiação sem dinheiro
Pela primeira vez, a organização do evento tentou emplacar a ideia de premiar os vencedores em dinheiro, mas por não alcançar a cota máxima de incentivo federal e estadual, o prêmio de R$ 350 mil, que seria distribuído para 10 categorias do festival, foi cancelado .
Era previsto que o filme nacional vencedor ganharia R$ 120 mil e o melhor longa estrangeiro ficaria com 80 mil. De acordo com o regulamento do evento, os prêmios ficam condicionados à aprovação dos projetos culturais junto à Lei Rouanet e Pro-cultura e à captação integral das verbas. No entanto, foi mantido o cachê de exibição de R$ 5 mil para os longas nacionais e R$ 3 mil para os filmes estrangeiros.
Informações de Zero hora
FOTO: Edison Vara / Pressphoto
