Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa debateu mapa da violência no Brasil e foi transmitida em todo o país.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Universidade Feevale e a Associação dos Lesados Medulares do Rio Grande do Sul – Leme apresentaram o projeto “Prevenção: uma ação efetiva pela vida” em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal.
O foco na segunda-feira, dia 23, era debater o mapa da violência no país, analisar os desafios e buscar soluções. Assim, o projeto foi apresentado como uma das soluções possíveis para a questão da violência nas escolas do Brasil por Marsal Ávila Alves Branco (foto), coordenador do curso superior de Tecnologia em Jogos Digital e Angela Alano, voluntária da Leme. A audiência foi transmitida ao vivo pela TV Senado para todo o país.
Apoiado pelo Programa Cantando as Diferenças, de autoria do senador Paulo Paim, o projeto mescla alta tecnologia e criatividade com o objetivo de mudar hábitos de vida. Será realizado com adolescentes entre 12 e 16 anos, de 60 escolas da rede pública e privada de ensino de 20 municípios localizados nas regiões Metropolitana e Noroeste do Rio Grande do Sul.
Segundo Marsal Branco, os números e o sucesso da indústria dos games e entretenimento tendem a esconder que o desenvolvimento de jogos é uma área estratégica para áreas diversas como educação, comunicação e saúde. “O domínio da linguagem dos jogos é o domínio de uma das principais tecnologias de linguagem do futuro, transforma o ato da linguagem em experiência, transformando conteúdos tradicionais como prevenção, política, empreendedorismo em puro prazer, aumentando assim a eficiência do aluno”, afirma.
Linguagem para as
novas gerações
De acordo com o coordenador, a indústria de jogos é uma das mais rentáveis dentro da área do entretenimento, e o Brasil tem potencial para isso. Tanto que suas universidades já começam a formar massa crítica para a maturação de um mercado forte no país, o que permite iniciativas como essa que visam a um trabalho social com foco na prevenção.
“Os jogos são uma nova tentativa humana de linguagem para as novas gerações. Eu tenho convicção que nós estamos diante da mais nova linguagem de sedução jamais feita até hoje”, ressalta o professor.
VIOLÊNCIA – Em relação à violência, tema muito discutido quando se menciona jogos eletrônicos, Marsal esclarece que este tipo de visibilidade negativa, o que é comum não só em relação ao videogame assim como em tantas outras áreas, na realidade não espelha a realidade, são exceções.
“O que vemos em relação aos games não são tanto problemas em relação ao conteúdo, mas sim uma falta de acompanhamento das famílias sobre o quê as crianças estão jogando. 60% dos videogames do mundo tem a faixa indicativa livre, ou seja, não têm nenhum tipo de violência”, acrescenta.
Informações de Imprensa Feevale
FOTO: reprodução / TV Senado