Um dos esquemas mais utilizados ultimamente é o de entidades fantasmas que prometem negociar dívidas em troca de uma taxa.
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O número de crimes cibernéticos está aumentando num ritmo acelerado nos Estados Unidos. Segundo o FBI, a polícia federal americana, no último dia nove foi registrada a queixa número dois milhões no Centro de Reclamações de Crimes na Internet, entidade conhecida pela sigla IC3.
O órgão levara sete anos para registrar o primeiro milhão de queixas. De junho de 2007 para cá, o número de reclamações dobrou.
Ao divulgar o índice na terça-feira, dia 16, o FBI disse que as queixas resultaram, até agora, em 757.016 processos criminais em todo o mundo – já que muitos crimes foram cometidos por pessoas sediadas em outros países e que, através da Internet, ludibriaram os americanos.
“A maioria dos casos envolvia fraudes nas quais os queixosos tiveram perdas financeiras”, diz o boletim do FBI, acrescentando que o prejuízo registrado chega a US$ 1,7 bilhão. A maioria das reclamações se referia a roubos de identidade para o uso de cartões de crédito, e de contas bancárias de incautos que caíram na conversa dos ladrões.
“Uma questão curiosa sobre esse tipo de fraude é que se trata de um crime em que você, a vítima, decide participar”, ressalta o IC3, deixando claro que a ganância das vítimas é que leva a seu próprio prejuízo.
Em seu site, a entidade relaciona uma série de dicas para evitar as armadilhas dos fraudadores – a cada dia mais persuasivos.
Um dos esquemas mais utilizados ultimamente nos EUA – e um reflexo direto da crise financeira – é o de entidades fantasmas que prometem, em nome de uma pessoa, negociar a dívida que ela tenha com bancos, cartões de crédito e agentes hipotecários, em troca do pagamento de uma taxa.
“Na maioria das vezes se requer dos participantes que enviem todos os dados de sua conta e uma procuração, além de US$ 1.500 a US$ 2 mil para supostas despesas”, diz a IC3. Há, ainda, a fraude do investimento, em que se prometem retornos fabulosos mediante o envio de dinheiro por transferências eletrônicas.
Informações de O Globo
FOTO: ilustrativa / dnt.adv.br