Ex-atleta ficou menos de 24 horas na cadeia. Acidente de carro, ocorrido em 1995 matou três e deixou feridas outras três pessoas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
As famílias das vítimas envolvidas no acidente em que três pessoas morreram e outras três ficaram feridas, que causou a (curta) prisão do ex-jogador Edmundo, declararam que para elas a quinta-feira, 16, foi um dia triste.
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“Hoje é de mais tristeza. Reviveu e revivem tudo que aconteceu na vida deles, naquele passado de 1995. Gostariam que não estivesse acontecendo isso mais. Esse é o sentimento: um profunda tristeza”, declarou João Tancredo, advogado da família de Deborah Ferreira da Silva, que ficou ferida no acidente.
Edmundo não chegou a ficar nem um dia na cadeia: foi solto nesta quinta-feira, graças a um habeas corpus. Ele deixou o prédio do mesmo jeito que entrou. Sem falar nada. Retornou a uma delegacia da capital paulista e pegou seus documentos, inclusive a carteira de motorista. Segundo a desembargadora que assinou o habeas corpus, a prisão foi ilegal porque Edmundo ainda pode recorrer da condenação.
“Nós fomos surpreendidos com essa decisão. Impetramos habeas corpus argumentando que a pena estaria prescrita. O tribunal não decidiu, a desembargadora não decidiu sobre isso porque isso compete ao colegiado, vai se discutir o habeas corpus se está prescrito ou não está prescrito”, disse o advogado de Edmundo no Rio de Janeiro, Arthur Lavigne.
Edmundo se envolveu no acidente de carro no Rio de Janeiro, em 1995. Em 1999, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por homicídio culposo (sem intenção de matar), em regime semiaberto.
“Por que só eu
tenho deveres?”
Edmundo fez uma aparição na edição nacional desta sexta-feira, 17, do Jogo Aberto, da Band. Renata Fan, a apresentadora, comentou a repercussão da prisão do ex-jogador. Edmundo preferiu se esquivar das críticas, argumentando que a imprensa estava fazendo seu trabalho, mas lamentou a forma com que seus direitos foram ignorados pela Justiça.
“O exagero foi no ser humano. Por que eu só tenho deveres? Eu não tenho nenhum direito? É direito constitucional do ser humano a prescrição do crime, da condenação. Isso deveria ser respeitado mas não foi e aí aconteceu o sensacionalismo”, comentou.
Informações de Bom Dia Brasil
FOTO: reprodução / Rodrigo Paiva-UOL