Inclusão da pré-escola como etapa obrigatória da escolarização, em 2009, faz com que 20% das crianças de quatro e cinco anos seja demanda a ser atendida.
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Em todo início de ano letivo, mães de crianças até cinco anos de idade passam pela mesma dificuldade para conseguir vaga para seus filhos em escolas de Educação Infantil.
O déficit no país ainda é grande: apenas 18,4% da população de zero a três anos estão matriculados em creches, segundo dados de 2009. Na pré-escola, a situação é um pouco melhor: cerca de 80% dos brasileiros de quatro e cinco anos estão na escola, mas ainda há uma demanda grande a ser atendida.
Só em 2009 o Brasil incluiu a pré-escola entre as etapas obrigatórias da escolarização – até então apenas o ensino fundamental era compulsório. Como não havia a obrigação de receber todos os alunos, os municípios ainda não conseguem atender a demanda. A proposta de emenda à Constituição – PEC que ampliou esse direito prevê que até 2016 todos as crianças de quatro e cinco anos deverão estar matriculadas.
“A tarefa dos municípios é gigantesca para universalizar a matrícula de quatro e cinco anos. Teremos que contratar mais professores, além de toda a estrutura física, equipamentos”, explica o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, Carlos Eduardo Sanches durante entrevista à Agência Brasil.
CRECHE – No caso da creche, o déficit é ainda maior. Ainda que muitas famílias prefiram manter a criança em casa até os três anos, a fila de espera nas secretarias municipais de Educação costuma ser longa.
Em São Paulo (SP), por exemplo, 125 mil crianças esperam por uma vaga em creche e 42 mil na pré-escola. Não há um levantamento sobre a demanda real por vagas em creche, mas Sanches calcula que o caminho é grande.
O Distrito Federal recebeu 22 mil pedidos de novas matrículas na educação infantil para 2010, mas o déficit ainda é de cerca de duas mil vagas.
Informações de O Globo
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