Em 2004, faixa da população que viva com renda per capita de até R$ 67 era de 15 milhões de pessoas; em 2009, era de 8,7 milhões.
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Em 2009, 107 milhões de brasileiros ainda viviam com menos de R$ 465 per capita mensais. No entanto, estes estratos sociais — classificados como extremamente pobres, pobres ou vulneráveis — foram os que mais decresceram em tamanho absoluto nos últimos anos no país.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, dia 15, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. A parcela de população vivendo com renda mensal igual ou superior a um salário mínimo per capita cresceu 13%, passando de 51,3 para 77,9 milhões de pessoas. Isto é refletido no aumento de 28% na renda média real do brasileiro, que subiu de R$ 495,12 em 2004 para R$ 634.65 em 2009.
Com uma renda per capita de até R$ 67, a população considerada extremamente pobre teve a maior redução relativa entre os estratos sociais nos últimos anos. Em 2004, esta faixa era representada por 15 milhões de pessoas. Cinco anos depois, eram 8,7 milhões. Já em números absolutos, o estrato pobre (com R$ 67 a R$ 134 de renda per capita) foi o que mais reduziu: somava 28,2 milhões de pessoas. Em 2009, eram 17,5 milhões.
CRIANÇAS – Ao levar famílias com crianças da extrema pobreza para a pobreza, a mobilidade induzida pelo programa Bolsa Família diminuiu a concentração anterior das crianças entre os extremamente pobres. As famílias com quatro ou mais crianças de 0 a 14 anos foram o tipo que mais teve reduzida sua porcentagem entre os extremamente pobres.
Contudo, as crianças continuam a ser o grupo etário mais representado na pobreza e na pobreza extrema. “A gente ainda tem um débito muito grande para com as crianças, o que não é verdade com os idosos. A porcentagem de idosos sem renda no Brasil hoje é muito baixa”, afirmou o técnico de Planejamento e Pesquisa, Rafael Guerreiro Osório.
Informações de ZeroHora.com
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