Conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz, mesmo com um quadro bastante desfavorável, o Brasil está se mantendo presente no mercado internacional.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, as exportações brasileiras de arroz alcançaram 53,6 mil toneladas em julho.
Entre março e julho de 2010, somaram 228,0 mil toneladas ou o equivalente a 65% das previsões da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab. A média mensal dos cinco primeiros meses do ano agrícola alcançou 45,6 mil toneladas, que projetada para os doze meses, resultaria em quase 550 mil toneladas de vendas externas, 57% acima das previsões do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
A baixa competitividade das exportações gaúchas em razão da valorização do real sobre o dólar, que tem impactado também as outras commodities, a redução dos preços internacionais (em torno de 20%, em relação ao ano anterior) e a expectativa de mais excedentes, em 2010, no mercado internacional, tem contribuído para dificultar as exportações do cereal.
Neste mesmo período, no ano anterior, as exportações atingiram 484 mil toneladas e possibilitaram ao país alcançar o patamar histórico, de quase um milhão de toneladas. Conforme o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz – Irga, Rubens Silveira, mesmo com um quadro bastante desfavorável, o Brasil está se mantendo presente no competitivo mercado internacional.
“As exportações estão fluindo, embora concentradas no arroz quebrado (70%) e que acabam influenciando menos na precificação do arroz em casca no mercado interno, mas mantém o país ativo como player no competitivo mercado internacional”, afirmou.
De acordo com o assessor de mercado do Irga, Marco Tavares, a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, atualmente, em importantes produtores e players mundiais, como a seca na Tailândia, inundações na China, Índia, Filipinas e no Paquistão poderão comprometer o aumento previsto na produção mundial e juntamente com a alta das commodities (principalmente do trigo) no mercado mundial, poderão influenciar na formação dos preços internacionais para a safra 2010/11.
As importações em julho alcançaram 115,7 mil toneladas, totalizando 409,3 mil toneladas em 2010, um crescimento de 18% sobre igual período do ano anterior, ou 41% do total previsto pela Conab, para o ano agrícola de 2010.
Informações de assessoria de comunicação IRGA
FOTO: ilustrativa / GettyImages