O trabalho infantil em escolas de samba, a presença de crianças em barracas de comércio de rua junto com os pais e a exploração sexual de meninas e jovens, foram os assuntos debatidos.
Da Redação ([email protected]) (Siga no Twitter)
Com o objetivo de discutir o uso de mão de obra de crianças e adolescentes durante o carnaval do Rio, deputadas da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do Trabalho Infantil fizeram uma audiência pública nesta terça-feira, dia 25, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Entre os diversos assuntos debatidos sobre o tema, o trabalho infantil em escolas de samba, a presença de crianças em barracas de comércio de rua junto com os pais e a exploração sexual de meninas e jovens, foram abordados com maior explanação.
A deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), disse que para evitar o uso de mão de obra, algumas medidas podem e devem ser tomadas, como efetuar o aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho durante estes eventos, além vistoriar de perto as escolas de samba e os barracões. Ela ainda ressaltou que seria interessante que houvesse escolas e creches abertas no carnaval para acolher as crianças enquanto os pais trabalham, pois muitos ambulantes levam seus filhos para o Sambódromo, porque não têm com quem deixar, e por vezes necessitam da ajuda da criança para vendas e afins durante o evento.
A presidente da CPI, Sandra Rosado (PSB-RN), afirmou que estas oportunidades econômicas geradas por grandes eventos não podem servir como motivo para explorar o trabalho infantil, ela enfatiza dizendo. “O lugar da criança é na escola”, destacou a parlamentar. A Guarda Municipal informou que o procedimento previsto pela prefeitura é apreender as mercadorias do ambulante e encaminhar a criança ao Conselho Tutelar.
Vale ressaltar que esta já foi à terceira audiência sobre o trabalho infantil no carnaval, anteriormente, a comissão fez reuniões em Salvador e no Recife. Instalada em outubro de 2013.
Informações de Agencia br
FOTO: reprodução / Edson Ruiz / Bocão News