Queda está relacionada à estiagem prolongada na região Sul do país. Produtores gaúchos e catarinenses receberão apoio do governo.
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O quinto levantamento da safra 2011/2012 apresentou redução ainda maior em relação ao volume de grãos colhidos no ciclo anterior, que atingiu o recorde de 162,95 milhões de toneladas. A seca prolongada na região Sul do país contribuiu para o resultado.
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Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab nesta quinta-feira, dia 09. A pesquisa indica uma queda de 3,5%, ou 5,7 milhões de toneladas, resultando na previsão de uma colheita final de 157,2 milhões de toneladas. Em relação ao último levantamento, publicado há um mês, a estimativa sofreu uma redução de 0,88%, ou 1,379 milhão de toneladas, porque ainda não tinha sido contabilizada grande parte da perda dos produtores na região Sul.
A soja e o milho continuam a ser as maiores culturas, representando, juntas, 83% da safra, ou 130 milhões de toneladas. Segundo a Conab, a produção de milho deve crescer 6%, chegando a 60,8 milhões de toneladas. A soja, no entanto, deve sofrer redução de 8,1%, rendendo 69,1 milhões de toneladas no ciclo atual.
Apesar da queda da produção, a área plantada nesta safra é maior, devendo ficar em 50,6 milhões de hectares, o que representa crescimento de 3,3% em relação aos 49,9 milhões do último ciclo. O cultivo de arroz e feijão primeira safra, no entanto, sofreu redução de área de aproximadamente 10%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de janeiro por cerca de 60 técnicos que visitaram órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores.
PRODUTORES – No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, os Estados mais afetados pela estiagem, a situação motivou o Governo Federal a publicar nos próximos dias uma portaria interministerial de apoio à compra de milho a preço subsidiado por pequenos produtores de aves, suínos e gado leiteiro.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, afirma que o preço de mercado do produto está em R$ 30 por saca de 60 quilos; assim, a mesma será oferecida a cerca de R$ 20. A intenção é que os produtores prejudicados pela seca possam alimentar sua criação.
Informações de Agência Brasil e Correio do Povo
FOTO: Diego Vara / Agencia RBS