A Central Sindical e Popular pagou a fiança dos envolvidos, que são acusados pela universidade de dano ao patrimônio público.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Após a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo – USP, os 72 detidos assinaram seus alvarás de soltura nesta terça-feira, dia 08, às 22h30min. A liberação foi paga pela Central Sindical e Popular – CSP-Conlutas, que arrecadou os R$ 39,2 mil da fiança dos 68 estudantes e quatro funcionários da universidade, que devem responder pelos crimes de dano ao patrimônio público e desobediência de ordem judicial.
Isso tudo acontece porque alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH, e alguns funcionários da USP ocuparam o prédio da Universidade por uma semana como forma de protesto. Após a apreensão de três estudantes pela Polícia Militar – PM, porque fumavam maconha dentro da universidade, alguns alunos reivindicam o convênio firmado entre a USP e a PM, que já gerou processos criminais movidos contra alunos.
Por conta disso, a PM desocupou a reitoria da USP à força, a fim de cumprir uma ordem judicial que estabelecia prazo até às 23h de segunda-feira, 07, para que os estudantes deixassem o prédio. Após o pagamento da fiança, os ocupantes foram encaminhados para fazer exames no Instituto Médico-Legal e, em seguida, foram liberados.
Durante os depoimentos tomados ao longo do dia, esses estudantes permaneceram em silêncio. O delegado Dejair Rodrigues, que acompanha as investigações, acredita que os ocupantes foram orientados por seus advogados a falar apenas em juízo. Até agora, os estudantes apenas negam as acusações de terem danificado o prédio da reitoria e fabricado bombas caseiras. Segundo Rafael Alves, ocupante e estudante de letras, a PM plantou as bombas apresentadas no local.
Informações de Agência Brasil e Portal G1
FOTO: André Vargas / Veja