A produção traz Gloria Pires no papel de homossexual, onde arquiteta apaixonada por autora. A direção é de Bruno Barreto.
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O Brasil apresentou nesta segunda-feira, dia 11, no para o Festival de Berlim, o filme Flores Raras, que aborda os 15 anos de relação amorosa entre a poetisa americana Elizabeth Bishop, interpretada pela australiana Miranda Otto, e a urbanista, paisagista e arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, papel de Glória Pires. O filme tem previsão de estreia em 9 de agosto no Brasil.
A obra, dirigida por Bruno Barreto, começa em 1951, quando a escritora viaja ao Rio de Janeiro em busca de inspiração e se aloja na casa de Mary, uma antiga colega de estudos, e de sua companheira, Lota.
A extrema timidez de Elizabeth contrasta com a sensualidade de Lota, que em um primeiro momento causa rejeição na poetisa. Mas esse sentimento inicial dá passagem para o amor em uma difícil relação a três, pois Mary não está disposta a renunciar a Lota.
O ponto de desequilíbrio da obra se dá quando Lota começa sua maior obra, o desenho do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e Elizabeth embarca em um destrutivo consumo de álcool, com o golpe militar de 1964 como cenário.
“Escrevi uma mensagem para Bruno (Barreto) e lhe disse, ‘adoro estas duas mulheres’, porque é muito pouco frequente encontrar roteiros sobre mulheres que são protagonistas tanto por sua inteligência como por sua sexualidade”, revelou a australiana Miranda Otto.
Uma das coisas que a fascinou no filme, “foi a ideia de duas artistas convivendo e o fato de que estejam apaixonadas mas também sintam tanta paixão por pelo que fazem”.
A produtora, Lucy Barreto, contou que o filme foi o sonho de sua vida durante 17 anos, após ter lido no Natal de 1995 o romance “Flores raras e banalíssimas” de Carmen L. Oliveira. Após ler o romance, Lucy soube que quem devia interpretar Lota era a atriz brasileira Glória Pires.
“Gloria e Miranda são a essência do filme”, afirmou Bruno Barreto na coletiva. “O importante é o porquê querer contar uma história e eu queria falar sobre a perda. Estava passando pelo divórcio e talvez por isso surgiu o ângulo da perda”, disse o cineasta.
“Flores raras” também se destaca por suas belas paisagens e fotografias e é uma das mais caras produções do cinema brasileiro da história, com um orçamento de cerca de R$ 13 milhões.
Informações de G1
FOTO: divulgação