Bom desempenho do real no mercado internacional de câmbio é explicado pelo fato de que a moeda brasileira era a terceira mais valorizada ante o dólar, até o último dia 14.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Capitaneado pela diferença de juros entre o Brasil e o resto do mundo e pela segurança com que o país é visto hoje no exterior, o investimento estrangeiro em títulos de renda fixa brasileiros disparou.
Entre janeiro e maio, foram 12,1 bilhões de dólares, o segundo maior valor da década para o período. O fluxo só é inferior aos 12,3 bilhões de dólares de 2007. Os dados, compilados pelo Banco Central – BC, incluem papéis emitidos pelo governo e por empresas, como debêntures e commercial papers.
Esse é um dos fatores que ajudam a explicar o bom desempenho do real no mercado internacional de câmbio, a despeito do ambiente global repleto de incertezas. Até a última quarta-feira, 14, a moeda brasileira era a que apresentava a terceira maior valorização ante o dólar no acumulado do ano, atrás apenas do iene japonês e do peso mexicano.
Comparando o real a uma cesta de 11 moedas (como o rand sul-africano e o dólar australiano), percebe-se que a moeda brasileira está no nível mais alto desde o início do segundo semestre de 2008, pouco antes da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.
Em meados daquele ano, o país conquistou o grau de investimento, selo de qualidade concedido por agências de classificação de risco de crédito. Se não bastasse isso, o Brasil paga a maior taxa de juros do mundo. Descontada a inflação, ela está na faixa de 4,5% ao ano. Nos EUA, na Europa e no Japão, os três mercados mais ricos do planeta, o juro real está negativo.
Informações de Agência Estado
FOTO: reprodução/ Fazenda.gov