Cultivadas em Lomba Grande, sementes podem durar uma vida inteira e são necessárias para cultivo de produtos sem agroquímicos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Mais de 400 produtores rurais e interessados por agricultura se reuniram na Comunidade Católica, em Lomba Grande para debater a biodiversidade e a agricultura.
O 1° Encontro Regional da Biodiversidade contou com apresentações, almoço típico, feiras de exposição e palestras, onde se discutiram e se aprofundaram os conhecimentos sobre as sementes crioulas, cultivadas em Lomba Grande. O encontro, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural de Novo Hamburgo – SDR e pela Emater na última quarta-feira, dia 1°, faz parte das ações da Semana do Meio Ambiente de Novo Hamburgo.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Lealdo Tavares, esse é um tema muito importante para os produtores da localidade e também para estudiosos do assunto. “Nós queremos mostrar um resgate das sementes crioulas, que são necessárias para um cultivo dos produtos naturais, sem agroquímicos. Além disso, queremos explicar mais sobre essas sementes, que podem durar por uma vida inteira, e são mais saudáveis, o que beneficia também quem as planta”, destacou.
A produtora rural Cecília Strottmann, de 68 anos, é uma das chamadas “guardiãs de sementes crioulas”. Ela tem mais de dez tipos de sementes diferentes, e as cultiva desde os seus 18 anos.
“Minha família passou essas sementes para mim. E só quem planta sabe que elas são muito melhores. Não tem química e se vende mais, porque as pessoas procuram o que é mais saudável. É muito bom que a gente possa saber mais sobre elas em eventos como esse”, explicou.
CONHECIMENTO – Além da discussão sobre as sementes, o encontro também proporcionou a troca de informações, de produtos entre os agricultores e o conhecimento sobre as experiências locais.
O biólogo da Emater, Carlos Rocha, apresentou durante sua palestra os exemplos vividos no bairro rural. “É importante mostrarmos as experiências que temos em Lomba Grande para que mais pessoas passem a cultivar as sementes, que só trazem benefícios ao agricultor, a quem compra e ao meio ambiente”, destacou.
Informações de Imprensa da PMNH
FOTO: divulgação / Renata Arteiro