Confira os principais pontos do regulamento da edição 2013 da avaliação. Previsão do MEC é que cerca de 6,1 milhões de pessoas se inscrevam para participar da avaliação federal.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Cerca de 800.000 candidatos se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem até as 10 horas desta terça-feira, dia 14, segundo informações do Ministério da Educação – MEC. As inscrições tiveram início às 10 horas de segunda-feira e seguem até as 23h59min do dia 27 de maio, exclusivamente pela página da avaliação.
A taxa de inscrição é de 35 reais e deve ser paga pelos candidatos até o dia 29. Estudantes que vão concluir o ensino médio em 2013 em escolas da rede pública, bem como aqueles que comprovarem baixa renda, ficam isentos do valor.
A previsão do MEC é que cerca de 6,1 milhões de pessoas se inscrevam para participar da avaliação federal. Em 2012, foram registradas 5,7 milhões de inscrições. No entanto, apenas 4,2 milhões de candidatos compareceram ao exame.
Para este ano, o MEC determinou mudanças na correção da redação do Enem. O objetivo é evitar a ocorrência de deboches, como os que apareceram em textos da edição anterior da avaliação.
Nota zero para deboches
No Enem 2013, o candidato que escrever em suas redação um trecho ou parágrafo deliberadamente desconectado do tema proposto receberá zero. O Ministério da Educação – MEC pretende, com a norma, evitar deboches como os ocorridos na última avaliação, em que participantes colocaram receita de miojo e hino de futebol em suas dissertações e ainda assim conseguiram 560 e 500 pontos, respectivamente, de um total de 1.000.
Além de “gracinhas”, as outras razões que implicam na anulação da redação são: fuga completa do tema proposto, desrespeito aos direitos humanos, entrega da folha em branco, com desenhos, impropérios ou menos de sete linhas de texto.
Redução da discrepância máxima entre avaliadores
O MEC reduziu de 200 para 100 pontos a discrepância máxima tolerada entre as notas dos corretores. Isso significa que quando as notas dos dois avaliadores de praxe de uma redação apresentarem uma diferença superior a 100 pontos, um terceiro profissional será convocado. A nota final do participante será dada pela média aritmética das duas notas que mais se aproximarem.
Nos casos em que mesmo com três avaliadores a diferença de 100 pontos persistir, o texto será enviado a uma banca. Vale lembrar que cada corretor deve atribuir uma nota 0 a 200 para cada uma das cinco competências cobradas no texto (domínio da norma padrão, compreensão da proposta, organização de informações, argumentação e proposta de intervenção). A pontuação máxima da prova é, portanto, de 1.000 pontos.
Mais rigor para nota máxima
O governo prometeu mais rigor para a concessão de 1.000 pontos na redação. Em 2012, candidatos receberam a nota máxima mesmo cometendo erros grotescos de ortografia, tais como “enchergar”, “rasoável” e “trousse”, além de erros de concordância verbal, como na frase “essas providências, no entanto, não ‘deve’ ser expulsão”. O correto, neste caso, seria trocar a palavra “deve” por “devem”. Neste ano, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, garantiu que só receberão a nota máxima os candidatos que demonstrarem total domínio da norma culta da língua portuguesa.
Mais rígidez no desempenho dos corretores
A maior rigidez do Enem 2013 também se estenderá à avaliação dos corretores. Toda o processo de correção das redações é feito de forma remota e on-line, sendo que no decorrer do trabalho os profissionais são monitorados pelo MEC em 33 quesitos e recebem notas em razão de seu desempenho. Neste ano, serão desligados da equipe aqueles que apresentarem desempenho inferior a 7, em uma escala de 0 a 10. No ano passado, quando 360 corretores foram desclassificados, a eliminação atingia quem tivesse nota abaixo de 5.
Informações de Veja.Abril
FOTO: reprodução / Veja.Abril