A não ser que alguma surpresa extraordinária esteja guardada para este último dia de convenções partidárias, em Novo Hamburgo as cartas das eleições 2024 estão postas à mesa. Cinco candidaturas, uma mulher e quatro homens, vão disputar os votos do eleitor no dia 6 de outubro. Cada uma com suas características, seus méritos, suas sensibilidades. Campanha mesmo, só daqui a duas semanas. Até lá, muito trabalho de bastidor.
Fufa Azevedo é o candidato do PT e da federação com o PCdoB. Terá como vice Danusa Alhandra e poucos dias para se tornar conhecido do eleitor. Mas vem com estratégia pronta: se apresentará como único candidato do presidente Lula na cidade. Fufa já foi vereador, secretário-Geral de Governo e gerente da Fenac.
Gustavo Finck foi o escolhido candidato do PP. Seu vice é o empresário Gerson Haas, do PL. Em primeiro mandato como vereador, buscou construir uma imagem de combate ao governo. Em que pese ter o apoio de partidos fortes, é outro que vai precisar lutar para se tornar conhecido. Antes de ser vereador foi assessor parlamentar.
Raizer Ferreira é a federação PSDB-Cidadania nas eleições 2024, com Luciana Simões de vice. Também é vereador de primeiro mandato. Foi secretário de Obras e vem numa carreira acelerada. Mas também é desconhecido para parte significativa do eleitor. Conta com o apoio do deputado federal Lucas Redecker, de quem se tornou importante aliado.
Tânia da Silva vem pelo MDB, com Juliano Passini, do Podemos, de vice. A candidata do governo terá como principal desafio de descolar de uma gestão que, mesmo com os acertos, tem rejeição do cidadão. Hamburguense de nascimento, foi prefeita de Dois Irmãos. Mesmo assim também buscar ser mais conhecida entre o eleitor.
Tarcísio Zimmermann, ex-prefeito, foi o escolhido do PDT e terá o bancário aposentado Admir Zang, do União Brasil, de vice. O mais conhecido entre os candidatos, precisa vencer a barreira da rejeição, natural de quem já administrou a cidade. Outro desafio é resgatar na memória do eleitor o que fez quando governou Novo Hamburgo.
LEIA TAMBÉM: Distribuição atual dos royalties do petróleo é injusta e desigual, afirma Vanazzi
O papel dos vices
Há quem defenda que, numa eleição, o candidato a vice-prefeito não precisa ter votos. Basta não prejudicar a candidatura principal. Se pegarmos o cenário atual em Novo Hamburgo, temos cinco novidades.
Danusa Alhandra é militante do PCdoB. Atuou em secretarias e foi assessora parlamentar. Estuda serviços sociais.
O empresário Gerson Haas se movimenta desde o ano passado. Foi sondado por alguns partidos, acabou escolhendo o PL. Faz sua estreia na política.
Luciana Simões é do Cidadania, federado com o PSDB, e outro nome desconhecido. Atua na Saúde, mas não é nome que circulava no campo político.
O Podemos indicou Juliano Passini para vice. Há anos trabalha como assessor ou indicado político. Não tem históricos de candidaturas anteriores.
Ademir Zang chegou no União Brasil e foi o indicado pelo partido para compor chapa majoritária. Bancário aposentado, fez carreira profissional no Banrisul.