Tiririca, Romário e Danrlei são alguns dos novos nomes da Câmara dos Deputados; vários políticos tradicionais ficarão de fora da bancada.
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A fantasia que marcou a campanha vai ficar para trás junto com os bordões. Tiririca, o deputado mais votado do Brasil – foram 1,3 milhões de votos, a partir de agora terá que respeitar o compromisso assumido com o eleitor.
A nova Câmara dos Deputados terá uma bancada com estrelas como Romário, eleito pelo Rio, e o gaúcho Danrlei, ex-goleiro do Grêmio. “A gente pode fazer com que as crianças e os jovens possam, através do esporte, realmente ter uma qualidade de vida melhor”, diz Romário, deputado eleito (PSB-RJ).
Políticos tradicionais, que tiveram muitos votos, ainda dependem da Justiça para assumir. É o caso dos ex-governadores Antony Garotinho, do Rio, e Paulo Maluf, de São Paulo. “Pode ser que às vezes haja até um erro jurídico que pode ser corrigido pelo Tribunal Superior, mas eu não tenho condenação, eu tenho esse orgulho”, afirma o deputado Paulo Maluf (PP-SP).
Polêmicas à parte, a composição da Câmara e do Senado é fundamental para o próximo ocupante do Palácio do Planalto: Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Como a decisão ficou para o segundo turno, não dá pra saber se a maioria do Congresso vai ser governista ou de oposição.
DEPUTADOS – Na Câmara os números ainda não são definitivos. Faltam 49 parlamentares de quatro estados. Por enquanto, nenhum dos cinco principais partidos conseguiu manter a bancada.
Segundo a secretaria geral da casa, o PT, que tinha 79 deputados, está com 77. O PMDB caiu de 90 para 68. O PSDB, de 59 para 47 e o DEM, de 56 para 38. Foi ultrapassado pelo PR, que fez 39 deputados, hoje tem 41.
SENADORES – No Senado, parlamentares tradicionais não conseguiram a reeleição: Mão Santa e Heráclito Fortes, do Piauí; Marco Maciel, de Pernambuco; Arthur Virgilio, do Amazonas; Tasso Jereissati, do Ceará; e Romeu Tuma, de São Paulo. Jader Barbalho, do Pará, não teve o número de votos divulgado. A candidatura dele ainda vai ser julgada.
Apenas dois terços do Senado foram renovados. Contando com os senadores que ainda têm quatro anos de mandato, o PT vai ficar com 13 representantes (tinha oito). O PMDB também cresceu, foi de 17 para 19. A bancada do PSDB caiu de 16 para 10 senadores, assim como a do Democratas, que tinha 13 e vai ficar com oito.
Ficha limpa
Os resultados para o Congresso e também para as assembléias podem mudar por causa da Lei da Ficha Limpa, mas não há uma data certa para a decisão.
O Tribunal Superior Eleitoral – TSE precisa julgar 109 recursos de candidatos a senador, deputado federal, deputado distrital e deputado estadual. Tudo depende do que vai decidir o Supremo Tribunal Federal – STF sobre a aplicação da lei Ficha Limpa para estas eleições.
Se a Justiça negar definitivamente o registro de um candidato, os votos dele serão anulados e não irão para o partido, como era feito até a última eleição.
Informações de Jornal Hoje
FOTO: reprodução / Marcelo Jorge Vieira