O PSDB gaúcho confirmou, em convenção realizada neste domingo (31) a indicação de Eduardo Leite a candidato da sigla ao governo estadual.
Desde as 9h, os militantes ocuparam os 700 lugares do teatro da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) em clima de festa, com direito a música, raio laser e balões. Como o acesso à plateia do teatro em seguida foi bloqueado para evitar o risco de superlotação, parte dos apoiadores precisou acompanhar os discursos do saguão.
A convenção teve as presenças do governador, Ranolfo Vieira Júnior, e de líderes das siglas aliadas Cidadania, Podemos e União Brasil. O presidente nacional dos tucanos também prestigiou a cerimônia.
Em seu primeiro discurso como postulante ao Piratini, Leite citou investimentos feitos em seu governo em áreas como saúde e segurança e afirmou: “Não vamos ganhar a eleição falando mal dos nossos adversários, mas das qualidades do nosso projeto”, disse.
MDB
Partido que apresentou candidatos a governador do Rio Grande do Sul desde a redemocratização, o MDB gaúcho tomou, neste domingo (31), um caminho inédito: abrir mão do protagonismo eleitoral para indicar o vice da chapa liderada por Eduardo Leite (PSDB). A chapa deve ser oficializada ainda neste domingo, com Gabriel Souza (MDB) como vice. A decisão foi tomada no voto, durante convenção partidária. A tese vencedora contou com 239 votos, enquanto a defesa da candidatura própria recebeu 212. Houve ainda 18 votos nulos e quatro votos em branco.
O BASTIDOR
Ouvimos e escutamos: a pompa que o PSDB vem ganhando – ou conquistando do MDB é fato para ficar marcado no tempo. E voltamos nele.
Novo Hamburgo: o primeiro mandato da prefeita Fátima começou sem apoio da bancada do MDB. E terminou não somente com apoio, mas com o espaço de vice sendo ocupado pelos emedebistas.
RS: o mandato do então governador Eduardo Leite também começou sem apoio do MDB – e também como opositor. O tempo foi passando, e chegamos ao final de 2022 com o MDB não só apoiando a chapa tucano – mas abrindo mão da sua candidatura.
O tempo vem mostrando que duas das siglas políticas mais fortes da história vem modificando suas ações. E dando as mãos. Mas, fica a marca de quanto a governabilidade irá manter esse padrão.