Olímpico (estádio utilizado até o ano passado pelo Grêmio) e Beira-Rio pertencem aos clubes. Programa de sócios é um ponto forte dos gaúchos.
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A arrecadação foi de cerca de R$ 500 milhões. Entre bilheteria, programa de sócio-torcedor e exploração de camarotes, lojas e estacionamento, este foi o valor que os clubes brasileiros conseguiram chegar em 2012 com o aproveitamento dos estádios.
Os números foram divulgados por Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva, com base nos balanços financeiros das agremiações no ano passado.
O líder é o São Paulo, que alcançou R$ 65,2 milhões em receitas com estádios. Como comparação, o Barcelona faturou 148,2 milhões de euros (R$ 433 milhões) em 2012.
”Os números no Brasil estão crescendo, mas isso representa meio por cento do que se movimenta no mundo (com estádios). Vamos ter que evoluir muito para explorar as arenas. Será um grande desafio. Nem todas as receitas das arenas vão ficar com esses clubes,” analisou Amir Somoggi sobre a arrecadação total dos clubes de R$ 500 milhões, somados.
Segundo Amir Somoggi, um dos trunfos do Tricolor Paulista é a utilização, por exemplo, dos camarotes no Morumbi, além da venda de produtos nas dependências do estádio. O crescimento aumentou consistentemente na temporada de 2009, um ano depois da sequência de três títulos no Campeonato Brasileiro.
Gaúchos
Porém, o que mais chamou a atenção de Amir Somoggi foi a capacidade de arrecadação dos clubes gaúchos com receitas relacionadas aos estádios. Grêmio, com R$ 63,5 milhões, e Inter, com R$ 51,5, estão logo abaixo na lista.
É importante destacar que Olímpico (estádio utilizado até o ano passado pelo Grêmio) e Beira-Rio pertencem aos clubes. E o programa de sócios é um ponto forte dos gaúchos, os líderes no ranking.
Campeão brasileiro decepciona
Na parte inferior do ranking, estão os cariocas. Dono de São Januário, o Vasco é o 13º colocado. O Botafogo é o melhor entre os times do Rio de Janeiro, ocupando apenas uma posição acima. O Flamengo, apesar de ter a maior torcida do país, é o 15º. O Fluminense é o caso mais curioso: sequer aparece na lista. A soma do valor arrecadado foi de R$ 5,8 milhões, apesar dos títulos do Campeonato Carioca e Brasileiro.
O Flu esbarrou em dois obstáculos. O primeiro foi a falta de um estádio próprio – o Engenhão foi a sua casa durante todo o ano passado. E nesse caso vive problema semelhante ao do Timão, tendo de pagar o aluguel (em média R$ 20 mil por jogo, de acordo com o clube) e encontrando dificuldade para explorar itens como estacionamento, camarotes e lanchonetes – o que é feito pelo Botafogo, locatário desde 2007. Além disso, a média de público não foi muito favorável: os 12.644 pagantes representam a oitava maior no Brasileiro, logo atrás de Sport e Náutico.
Informações de globoesporte.com
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