Técnico lembrou sequência de faltas de zagueiro do São José após empate em 0 a 0. Treinador justificou a decisão de preservar D’Alessandro.
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Antes da partida contra o São José, Dunga já alertava para as dificuldades que a grama artificial do Passo D’Areia poderia impor ao Inter. Após o empate em 0 a 0, o treinador voltou a reclamar do campo e justificou a decisão de preservar D’Alessandro, sugerindo que o argentino poderia se lesionar se tivesse atuado.
“Independentemente de qualquer jogo, o D’Alessandro vai fazer falta. Nós não tivemos um meia perto do Damião, tivemos meias chegando de trás, por uma questão de característica. Mas se o D’Alessandro tivesse jogado hoje, não sei se ele acabaria o jogo”, destacou, para depois completar:
“O campo, sem dúvida, dificulta. Atrapalha muito o time técnico que quer jogar. Todas as vezes que o jogador tenta arrancar, ele escorrega. Não é uma coisa natural, um gesto natural.”
Arbitragem
Além de comentar a respeito do gramado, Dunga não deixou de protestar contra a arbitragem que, segundo ele, foi demasiadamente conivente com a violência do São José.
“Todo mundo diz que Gauchão é isso aí, Gauchão dá para bater. O número 3 (Gustavo) fez pelo menos 15 faltas. Se der desculpa que Gauchão dá para bater, o que eu vou dizer para os jogadores? Tem que aplicar a regra, mas eu não vou falar muito, depois eu tomo cesta básica. Vão dizer que eu estou chorando, que estou falando demais”, disse.
Nível
O treinador ainda comentou sobre o nível do Inter em relação a outros times grandes do Brasil. Citou Corinthians, Fluminense e São Paulo como equipes fortes e não deixou de elogiar o rival Grêmio.
“O Corinthians fez contratações, manteve o grupo que ganhou o Mundial. O Fluminense vem há dois, três anos, fazendo contratações fortes. O próprio São Paulo está bem. O Grêmio também é forte, tinha até esquecido de falar. Fez muitas contratações, basta ver”, destacou.
Questionado se o arquirrival estaria à frente do Inter, Dunga disse que não há como fazer a comparação, já que não houve enfrentamento entre as equipes em uma competição grande.
“Se portou bem, acho que os jogadores que estamos colocando é pelo que a gente vê nos treinamentos. São dois jogadores de boa qualidade técnica. O Romário está há cinco anos no Inter. Nós chamamos e conversamos do que precisa ser um profissional. Nós passamos a realidade do futebol e tiveram rendimento bom”.
O Inter está pronto?
“O time nunca está pronto. A gente teve uma temporada elaborada com a comissão técnica, para deixar os jogadores em condições. A gente começou com Willians, o Fred ficou de fora, saiu o D’Alessandro. Nós tivemos tempo, mas ele tem que ser bem aproveitado. Se não souber aproveitar o tempo, também não adianta”.
Informações de Zero Hora
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