Índice entre desempregados que enfrentam noites de sono insatisfatório chega a 40%, segundo o relatório britânico.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A insatisfação com o ambiente de trabalho pode afetar diretamente a qualidade do sono, afirma o levantamento Understanding Society, feito pela Economic and Social Research Council – ESRC, organização britânica que financia pesquisas.
Segundo o relatório, profissionais infelizes com o emprego têm até 33% mais chances de enfrentar noites de sono insatisfatório; entre os desempregados, o índice chega a 40%.
A pesquisa, que analisou 14.000 lares britânicos, apresentou ainda outras conclusões relacionando sono e trabalho. Pessoas casadas e com alto nível de escolaridade são mais propensas a passar noites tranqüilas. Já indivíduos que executam tarefas esporádicas têm noites igualmente instáveis.
“As campanhas de saúde pública deveriam estar atentas ao fato de que a redução da qualidade do sono entre pessoas que enfrentam dificuldades econômicas pode trazer conseqüências negativas à saúde delas”, diz Sara Arber, especialista da Universidade de Surrey, responsável por analisar o estudo.
A pesquisa revela também que 24% das mulheres e 18% dos homens têm dificuldades para pegar no sono nos primeiros 30 minutos em que estão deitados na cama, problema que acomete um número maior de pessoas acima dos 25 anos. Cerca de 10% dos voluntários admitiram que fazem uso de remédios para dormir, em média, três noites por semana.
A baixa qualidade de sono também é mais freqüente entre pessoas que trabalham muitas horas por dia. Apenas 6% dos indivíduos que ocupavam cargo de gerência sinalizaram dormir mais de oito horas por noite. Segundo a ESRC, o panorama geral da pesquisa demonstra que as noites mal dormidas não estão relacionadas apenas a limitações de tempo, mas principalmente a pressões e estresse.
Informações de Veja
FOTO: ilustrativa / therapistschools