Procurador Daniel de Rezende Salgado, um dos responsáveis pela denúncia à Justiça, discutiu com o advogado Leonardo Gagno, que defende Idalberto Matias e José Olímpio Queiroga.
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O clima esquentou na primeira audiência da ação penal decorrente da Operação Monte Carlo, que prendeu o empresário Carlinhos Cachoeira.
O procurador da República Daniel de Rezende Salgado, um dos responsáveis pela denúncia à Justiça, chegou a discutir com o advogado Leonardo Gagno, que defende Idalberto Matias e José Olímpio Queiroga.
Leonardo Gagno afirmou que a testemunha Fábio Alvarez Shor, agente da Polícia Federal, estava descrevendo fatos relacionados a um investigado que não está presente na audiência, por ser réu em outra ação penal. Segundo o advogado, isso prejudicaria a defesa.
Rezende Salgado rebateu. O advogado então afirmou: “O senhor estudou em uma faculdade que tem direito diferente do meu” e afirmou que “a ideia da defesa é tumultuar”. Coube ao juiz Alderico Santos, responsável pelo julgamento, acabar com a discussão.
Em seu depoimento, Fábio Alvarez Shor afirmou que o também agente Wilton Tapajós foi abordado por policiais militares durante a Monte Carlo. Tapajós foi assassinado com dois tiros na cabeça. As investigações ainda não estabeleceram relação entre sua morte e a Monte Carlo.
Shor afirmou que Tapajós foi abordado por policiais militares investigados durante missões que fazia para a operação. Uma dessas missões ocorreu perto da casa de Regina, servidora da prefeitura de Luziânia (GO).
Na audiência, que acontece na Justiça Federal Goiás, está presente Carlinhos Cachoeira. Ele é acusado de corrupção, entre outros crimes. O Ministério Público Federal denunciou 81 pessoas à Justiça. O juiz que julga o caso assumiu a ação depois que o juiz Paulo Augusto Moreira Lima pediu licença afirmando ter sofrido ameaças.
Informações de Folha de São Paulo
FOTO: Ailton de Freitas / O Globo