O presidente em exercício do diretório regional, Osório Adriano, pediu autodissolução do órgão do partido e todos filiados devem deixar seus cargos no governo de Brasília
A decisão de dissolução do diretório regional do DEM no Distrito Federal foi anunciada nesta quarta-feira, 24, em reunião da Executiva Nacional. A iniciativa partiu do presidente em exercício do diretório, Osório Adriano. O senador Marco Maciel (PE) vai comandar o processo de reestruturação do partido no DF, e segundo Osório, buscando nomes que estejam fora de discussões e suspeitas.
A instabilidade no partido e as acusações que surgem a cada dia foram alguns dos motivos alegados pelo presidente do diretório do DF. O presidente nacional da legenda, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a dissolução foi a decisão certa e que o senador Maciel cuidará da reorganização do partido para que possam participar de forma competitiva neste ano.
Para não enfrentar processo de expulsão, Arruda (sem partido, ex-DEM), deixou o partido e foi seguido por Paulo Octávio, que pediu desfiliação na última terça-feira, 23, mesmo dia em que renunciou ao cargo de vice-governador e Osório assumiu a presidência do diretório.
A autodissolução foi pedida visto que a Executiva já se encaminhava para tomar a medida. Com isso, alguns dos dirigentes poderão ser mantidos dentro da nova estrutura do diretório regional. Os filiados terão de deixar cargos que ocupam no governo do DF.
No final de 2009, vídeos foram divulgados pela operação “Caixa de Pandora”, da Polícia Federal, que revelou esquema de desvio de recursos públicos envolvendo empresas de tecnologia e pagamento de propina a deputados da base aliada do DEM.
Em uma das gravações, José Arruda aparece recebendo maços de dinheiro. O vídeo foi feito pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que respondia 37 processos e entregou Arruda por conta da delação premiada. Segundo Arruda, eram recursos recebidos durante a campanha e era dinheiro registrado e contabilizado.
As investigações da Operação indicam que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido vários crimes, entre eles, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e crime eleitoral.