Chamado de Corredor dos Pampas, o dinossauro descoberto em 2004 foi apresentado esta semana ao mundo e viveu na Terra há 228 milhões de anos atrás.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Nesta quinta-feira, dia 24, um grupo de cientistas gaúchos e paulistas anunciou a descoberta de um dinossauro em Agudo, no Rio Grande do Sul. Seus fósseis, descobertos em 2004, datam 228 milhões de anos atrás, o que o julga como um dos dinossauros mais antigos do mundo. A descoberta consta também uma publicação científica alemã, lançada na última terça-feira, 15.
O dinossauro passou a ser chamado de Pampadromaeus barberenai, ou Corredor dos Pampas, por conta das pradarias típicas do Estado. Com apenas 50 cm de altura, 1,2 m de comprimento e 15 kg de peso, o Corredor dos Pampas é considerado um avanço na ciência brasileira. Segundo o descobridor do dinossauro, Sérgio Furtado Cabreira, os fósseis também ajudam a encontrar a origem dos mamíferos, dinossauros e aves.
O nome escolhido para o dinossauro, Pampadromaeus barberenai, tem uma grande explicação por trás. Isso porque o sufixo grego “dromaeus”, refere-se ao fato da espécie ser corredora. Já o nome “barberenai” é uma homenagem ao paleontólogo brasileiro Mario Costa Barberena, que fundou o programa de pós-graduação em Paleontologia do Instituto de Geociências, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
O aspecto do Corredor dos Pampas
Para chegar a uma reconstrução próxima de como Pampadromaeus era, a equipe de paleontólogos utilizou radiografias e tomografias computadorizadas de diversas estruturas. Com isso, Sérgio Furtado contou: “Esta espécie representa um dos membros da linhagem do grupo de dinossauros com pescoço longo, característica típica dos herbívoros. Porém, ele se alimentava de pequenos animais, insetos e compartilhava características dos famosos bípedes carnívoros, como o Tiranossauro rex”.
Já a pesquisadora Marina Bento Soares, da UFRGS, percebeu outro aspecto do dinossauro: a presença de penas. “Somente depois de descobertas na China que se percebeu que as penas tinham origem no isolamento térmico e não com o voo”, explicou a gaúcha. De acordo com ela, Pampadromaeus era um animal ágil com atividade intensa, mesmo em clima frio. “Por isso a decisão de fazer a réplica com penas”, completou Marina.
Informações de Correio do Povo
FOTO: Vinícius Roratto / Correio do Povo