Estudos confirmam que a expectativa de vida em áreas carentes do Brasil tem crescido e está recuperando o atraso, diminuindo a diferença entre ricos e pobres.
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Melhores cuidados com a saúde da população fizeram que a expectativa de vida aumentasse em todo o mundo, segundo estudos. No entanto, o fenômeno não ocorre sempre de maneira uniforme, havendo grandes diferenças entre ricos e pobres.
Mas dessa vez, o estudo publicado na Revista Internacional para Equidade em Saúde diz que a expectativa de vida de pessoas que vivem em áreas carentes de Campinas, no interior de São Paulo, tem crescido e está recuperando o atraso. De acordo com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, em 2000 a diferença da expectativa de vida para as pessoas provenientes de áreas pobres foi de 6,5 anos menos em relação a habitantes de centros mais ricos. Mas em 2005 esta diferença havia sido reduzida para 4,2 anos. O dado foi mais evidente para os homens de áreas carentes.
Ainda, segundo a pesquisadora Marilisa Barros, que coordenou a investigação, os resultados mostram claramente um declínio na desigualdade social na expectativa de vida. “Durante estes cinco anos de nosso estudo tem havido uma expansão no atendimento de saúde e uma diminuição nas mortes violentas, e este dois fatores têm mais impacto nas áreas carentes, e juntos podem explicar as melhorias que encontramos”, afirma.
Este exemplo do Brasil, afirmam especialistas, pode apontar um caminho rumo à igualdade na expectativa de vida entre os sexos e classes sociais.
Informações de O Globo
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