Conforme a presidente, “o Brasil quer mostrar é que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A “política monetária expansionista” dos países desenvolvidos e a “massa monetária” produzida, que gera “bolha” e “especulação”, foram citadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta segunda-feira, dia 05, durante visita à Alemanha.
Segundo Dilma, o Brasil tomará “todas as medidas” para se proteger. “Eu reconheço que [a política cambial] é um mecanismo de defesa, mas você ganha tempo, só”, declarou a presidente. “O que o Brasil quer mostrar é que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado que é o câmbio, uma forma artificial de proteção do mercado. […] Somos uma economia soberana.”
Perguntada sobre quais medidas poderiam ser tomadas, ela citou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF, anunciado na semana passada, para reduzir a entrada de dólares no país.
A presidente voltou a afirmar também que as políticas cambiais geram um efeito “extremamente nocivo” sobre as economias emergentes, como o Brasil, ao “desvalorizar de forma artificial as moedas”.
“Eu acho que uma coisa importante é que os países desenvolvidos não só façam políticas expansionistas monetárias, mas façam políticas de expansão do investimento”, avalia Dilma. “Porque o investimento não só melhora a demanda interna, mas abre também a demanda externa para os nossos produtos.”
Ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel (foto), Dilma Rousseff assistiu ao discurso do presidente do conselho de administração do Google, Eric Schmidt, na abertura da Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações, a Cebit, nesta segunda. Depois, a uma apresentação do músico brasileiro Carlinhos Brown, que recentemente perdeu a disputa pelo Oscar – ele concorria com a canção do filme de animação Rio e, em seguida, discursou.
Informações de portal G1
FOTO: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República