Venda de produtos sem impostos, palestras em escolas, mobilização nas ruas e reunião-almoço com deputado foram algumas das atividades.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A possibilidade de comprar produtos sem impostos oferecida pelo Centro de Vivência Redentora, no bairro Diehl, foi a primeira entre as atividades organizadas para marcar mais uma edição do Dia da Consciência Tributária, nesta quarta-feira, dia 25.
“Esta é a sexta edição desta iniciativa e verificamos, a cada ano, que mais e mais pessoas se engajam nesta conscientização”, salienta Fatima Daudt, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha – ACI. As ações também contaram com as parcerias da Fundação Semear, Fundação Desenvolvimento Ambiental – Fundamental e Associação da Classe Média – Aclame.
“Nosso propósito vem sendo alcançado, pois a intenção é justamente conscientizar a população do quanto se paga de impostos em cada bem ou serviço que utilizamos e não temos o retorno básico necessário dos governos”, explica Fatima.
Os moradores do bairro Diehl, enquanto aguardavam sua vez de ir às compras, receberam a explicação, através de voluntários, de que não se tratava de uma promoção, mas sim, de um ato para mostrar o quanto a carga de impostos mexe, e esvazia, diariamente o bolso de todos.
A carga tributária tem aumentado ano a ano. Em 2011, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, o valor médio recebido pelo trabalho de cerca de cinco meses equivale ao que cada cidadão paga de taxas todo o ano, uma média acima de 40% dos seus vencimentos.
Para o presidente da Aclame, Fernando Bertuol, essa conscientização começa fazer parte da vida da população, que deveria ser informada do imposto que paga sobre cada produto ou serviço adquirido. “O valor do imposto deveria estar na vitrine das lojas. O preço sem impostos, o valor dos tributos, e o valor total do produto. Assim, no cotidiano de cada um, estaria a preocupação com os tributos”, observa Bertuol.
Atividades se espalham pelas cidades
Durante toda a manhã, em horários diferenciados, escolas particulares de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha receberam palestras através de instrutores preparados para falar aos alunos sobre o tema “Educação Financeira”.
No meio da manhã, uma mobilização urbana também foi realizada nos três municípios, nas áreas centrais. Sacolas ecológicas com as logomarcas dos parceiros do projeto e a reprodução de produtos, indicando a incidência de impostos, foram distribuídas. O objetivo foi focar nos pilares da sustentabilidade, minimizando a agressão ao meio ambiente.
Panfletos com informações que mostram quanto sairiam alguns exemplos de produtos sem a tributação, além de adesivos e lixocar (sacolas para serem colocadas no carro), também foram distribuídos. Esta ação também contou com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Novo Hamburgo.
PALESTRA – O encerramento da programação ocorreu com o Prato Principal na ACI, tendo como palestrante o deputado federal por São Paulo, Guilherme Campos (foto ao lado). Na noite de terça-feira, 24, ele ainda estava em Brasília, para participar da votação do novo código florestal brasileiro e, pela manhã, já se encontrava em Novo Hamburgo, onde foi ouvido por mais de 100 participantes no encontro.
“O tema tributação está cada vez mais presente, mas temos que continuar cobrando, fazendo com que seja um processo somatório, com a participação de todos, das entidades, da comunidade”, frisou o deputado. Com o tema “Movimento De Olho no Imposto”, ele abordou vários projetos de sua autoria que estão em processo de votação e outros que serão apresentados sobre o assunto.
Presidente reafirma ações da entidade
Durante a reunião-almoço na ACI a presidente da entidade fez a entrega do pleito também já encaminhado ao presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara Federal, deputado João Maia.
A atitude reafirma as ações da entidade, no que diz respeito às questões legislativas de impacto econômico sobre a ordem tributária, trabalhista e ambiental e seus efeitos de gargalo para a indústria.
Informações de De Zotti Assessoria
FOTOS: divulgação / Fábio Winter-/ACI