Diante da polêmica “substituível ou não”, o jornal ZH fez um levantamento com sugestões para suprir a ausência do meia argentino no time colorado.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
“O Barcelona não é o mesmo sem Messi, o Inter não é o mesmo sem D’Alessandro,” disse Dunga. Cérebro da equipe, a ausência do camisa 10 foi percebida em Recife.
Sem o argentino, suspenso, o Inter foi pobre na criação do meio-campo, deixando Forlán e Damião desamparados no ataque. Com pretensões de título nacional no segundo semestre, o time precisará de um substituto à altura de D’Alessandro ou mesmo de alguém como o argentino, para jogar a seu lado.
Passada a Copa das Confederações, o calendário brasileiro será retomado em julho, com partidas às quartas e aos finais de semana _ com o agravante de viagens permanentes para o Inter. Com D’Alessandro, o aproveitamento da equipe de Dunga é de 89,5%. Sem o argentino, despenca para 25%.
Assim, o clube irá às compras na janela de julho. O jornal ZH apresenta um levantamento com 10 sugestões de reforços para o setor e, sobretudo, para a vaga ou para formar parceria com o camisa 10 do Inter.
Diego
Aos 28 anos, tem contrato com o Wolfsburg (ALE) até 2014. O Atlético de Madrid tentou a sua contratação por empréstimo, sem sucesso. Trata-se de um jogador caro, os alemães pagaram mais de 15 milhões de euros à Juventus para tê-lo como camisa 10.
Prós: Destro e cerebral, dividiria com D’Alessandro. Foi um dos convocados por Dunga durante a sua passagem pela Seleção.
Contras: Valorizado, o Inter precisaria desembolsar mais de R$ 20 milhões para contratá-lo.
Lucas Mugni
Estrela do pequeno Colón, de Santa Fe, o canhoto de 21 anos e 1m81cm de altura é o mais novo convocado da seleção argentina. Poderia ser até mesmo um novo D’Alessandro.
Prós: Mugni é o maestro do time. É o principal assistente da equipe, ainda que faça poucos gols.
Contras: Mesmo que atue por um clube pequeno, é um jogador caro. O Cruz Azul (MEX) já tentou contratá-lo mas esbarrou em uma pedida na casa dos R$ 16 milhões.
Maxi Rodríguez
Aos 32 anos, ele é o dono do Newell’s Old Boys. Após 11 temporadas na Europa, Maxi voltou para o clube que o formou. Derrotado na primeira partida das oitavas da Libertadores, em casa, pelo Vélez, deverá ser eliminado do torneio facilitando a sua contratação.
Prós: Meia destro, esteve nas Copas de 2006 e de 2010, ele tem a mesma idade de D’Alessandro e poderia formar boa dupla com o compatriota. Como a maioria dos jogadores na Argentina, recebe salários baixos para os padrões brasileiros, menos de R$ 150 mil.
Contras: Com Maxi, o Inter voltaria a ficar com quatro estrangeiros, estourando o limite permitido pela CBF. Sempre um deles ficaria fora da relação dos jogos.
Júlio Baptista
Com 31 anos, o camisa 10 do Málaga seria uma grande alternativa para a temporada. Na Espanha, onde tem contrato até 2014, recebe cerca de R$ 500 mil mensais, salário que está na primeira faixa do Beira-Rio. Foi comprado à Roma por pouco mais de 2 milhões de euros. É outro dos que foi chamado por Dunga nos tempos de CBF.
Prós: Ambidestro, ele poderia atuar ao lado de D’Alessandro ou um pouco mais à frente.
Contras: Já são 11 temporadas de Europa e, no Málaga, joga como atacante. Teria que voltar às origens para atuar no meio-campo.
Cleiton Xavier
Titular e camisa 10 do rico Metalist, acabou estourando depois que saiu do Inter e correu anos por Figueirense e por Palmeiras, até parar na Ucrânia. Está com 30 anos e foi companheiro de Taison por duas temporadas.
Prós: É destro e não teria dificuldades para atuar com D’Alessandro ou até mesmo substituí-lo.
Contras: Jogadores da Ucrânia costumam ser caros. Cleiton foi vendido pelo Palmeiras por 4,5 milhões de euros.
Giuliano
No site oficial do Dnipro, ao lado da foto de Giuliano está escrito: “Hero of the season (herói da temporada, em inglês)”. Titular e ídolo da torcida, o meia de 22 anos é um sonho distante do Inter para a janela de junho. a não ser que o desejo de aparece para Felipão, no Brasil, fale mais alto e ele tente uma cessão por empréstimo.
Prós: Conhece bem D’Alessandro, conquistaram juntos a Libertadores de 2010, quando D’Alessandro até caía pela direita a fim de facilitar o jogo de Giuliano.
Contras: Caríssimo, ele foi vendido por 10 milhões de euros. Hoje, não deixaria a Ucrânia por menos de 15 milhões de euros.
Alex
Aos 31 anos, o meia canhoto e um dos últimos bons batedores de faltas do Inter, está concluindo a sua primeira temporada de Al Gharafa. Número 10 às costas, é o dono do time no Catar, ganha muito bem, mas poderia voltar pensando em um projeto com títulos importantes outra vez.
Prós: Já atuou com D’Alessandro, é verdade que jogava mais à frente.
Contras: Um meio-campo formado por D’Alessandro e por Alex poderia ficar demasiadamente à esquerda.
Roberto Firmino
Aos 21 anos, começou a carreira no CRB e ficou conhecido no Figueirense. Foi comprado pelo Hoffenheim para substituir Carlos Eduardo _ que se tornou ídolo no clube. Meia habilidoso, ambidestro, de jogo vertical, tem contrato até 2015 com os alemães.
Prós: Pode dar novo sangue ao meio-campo de Dunga, jogar ao lado de D’Alessandro ou mesmo substituí-lo.
Contras: No futebol brasileiro, atuou em clubes de menor exigência que as necessidades do Inter.
Anderson
Em sua sexta temporada no Manchester United, e com 25 anos, Anderson não é titular – e foi até cogitado para virar moeda de troca no clube. Na reserva, gostaria de voltar a atuar mais à frente, uma vez que na Inglaterra passou a ter maiores responsabilidades defensivas. Foi chamado por Dunga para a Seleção.
Prós: É um talento nato, ainda que seja canhoto, também bate bem com a direita, e poderia ser aproveitado até mesmo mais à frente.
Contras: O seu passado gremista pode ser um empecilho com relação à torcida. O Santos chegou a demonstrar interesse em sua contratação no começo desse ano.
Dátolo
Dublê de D’Alessandro na temporada passada, ele chegou a ser eleito o Craque do Gauchão 2012. Em 2013, largou bem na pré-temporada, mas, aos poucos, foi caindo de rendimento, se lesionando e, internamente, já tem sérias restrições.
Prós: É jogador do Inter e pode substituir D’Alessandro. Mas é preciso recuperar a confiança do clube.
Contras: As repetidas lesões, de púbis e musculares, têm sido o grande problema de Dátolo.
Informações de Zero Hora
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