Resultado, que é pior em nove anos, indica que o mercado de trabalho pode estar sem fôlego diante da desaceleração econômica.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulgada nesta quinta-feira, dia 24, mostra que o desemprego no país caiu para 5,8% em outubro ante 6,0% em setembro. Isso porque houve ainda queda na renda média mensal do trabalho e fraqueza nas contratações, o que sugere uma perda de fôlego do mercado de trabalho.
Essa perda de fôlego, portanto, se daria pela desaceleração da economia doméstica diante da crise internacional. Porém, Cimar Azeredo, o coordenador da pesquisa, acredita que esse resultado ainda representa uma estabilidade, mesmo com queda, pois a pesquisa é feita por amostragem. Com isso, o desemprego em outubro foi o pior em nove anos.
Essa foi a menor leitura para um mês de outubro desde o início das pesquisas, em 2002. Mas no geral, o dado mensal ficou perto de dezembro de 2010, quando atingiu apenas 5,3%. Já o rendimento médio real habitual dos ocupados ficou em R$ 1.612,70, o que demonstra estabilidade de setembro para outubro, com uma leve queda de 0,3%.
A população ocupada cresceu, mas pouco. Com mais 30 mil ocupados, cerca de 0,1%, de setembro para outubro, o que totaliza 22,682 milhões. O número de desocupados foi diferente, registrando uma queda de 4,5%. Com isso, há 66 mil pessoas a menos desocupados de setembro para outubro e, no total, 1,385 milhão de pessoas sem emprego.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado teve alta de 7,4% ante outubro do ano passado, somando 11,1 milhões com emprego oficial. Para Azeredo, essa estabilidade se dá por conta da falta de contratações de setembro para outubro. “Há uma clara desaceleração nos números de ocupação em relação ao ano passado, e a desocupação também diminuiu o ritmo”, analisou o coordenador da pesquisa.
Informações de Reuters
FOTO: Ilustrativa