Qualidade dos Meninos da Vila supera raça uruguaia do Peñarol e conquista o continente pela terceira vez, 48 anos depois. .
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Agora, quem dá a bola é o Santos! O hino, quase insuportável para quem não é santista fanático, representa bem a realidade atual do futebol brasileiro: ninguém joga mais do que os Meninos da Vila.
Aliás, não é só no Brasil, não. No continente! Ao vencer o bravo Peñarol por 2 a 1 nesta quarta-feira, dia 22, no estádio do Pacaembu, o Santos vira o novo campeão da América. A taça da Libertadores fica em território tupiniquim. Sai do Beira-Rio, para onde fora conquistada pelo Inter em 2010, e vai para o litoral paulista.
A expectativa de quem aprecia o futebol arte passa a girar em torno do Mundial Interclubes, em dezembro. Como será o duelo Neymar e Messi? E ele ocorrerá mesmo? Tudo leva a crer que sim. Basta que Santos e Barcelona cheguem à final no Japão. Seria o jogo do ano. Quem viver, verá!
Ganso, Neymar… Contra a raça uruguaia
Os santistas que esperavam facilidade, se enganaram. O time paulista foi melhor durante todo o jogo, é verdade. Só que os “carboneros” incomodaram, no mínimo. O primeiro tempo foi de muita marcação e pouco futebol.
Os Meninos da Vila mantinham a posse de bola, mas chances claras, não criavam. Até que o lateral-esquerdo Léo teve a primeira grande oportunidade de abrir o placar, quando o cronometro já chegava aos 45 minutos, e acabou desperdiçando.
SEGUNDO TEMPO – A bola rola para a etapa final e eis que a palavra-chave começa a se sobrepor na história do tradicional confronto: qualidade. O volante Arouca puxa contra-ataque, tabela com Paulo Henrique Ganso, que devolve de calcanhar, e põe ele, Neymar (foto), em condições de finalizar e fazer 1 a 0, logo a um minuto.
O gol deu confiança ao Santos, que ficou mais perto de ampliar do que ver os uruguaios empatarem. Tanto é que aos 23 minutos, a bola voltou a cair nos pés de Neymar, na ponta esquerda. Como quem não quer nada, ele deu para Elano no meio de campo. Daí, a bola foi para o lateral-direito Danilo e dele, depois de bela jogada, para as redes: 2 a 0.
O Peñarol ainda descontaria aos 34 minutos. Entretanto, com um gol contra do zagueiro Durval. Não tinha mais como evitar. A geração mais vitoriosa que a Vila Belmiro produziu depois de Pelé conquistava o tricampeonato da América, 48 anos depois do Rei.
FOTOS: AFP e France Presse