Nova acadêmica concluiu o ensino médio em 1991 e descobriu a paixão pela profissão depois de sofrer com uma doença neurológica.
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Nágela Pinto Machado, 35 anos, foi aprovada em 18º lugar no curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará – Uece e comemorou a conquista na noite de terça-feira, dia 24. O fato poderia ser corriqueiro se a agora caloura não tivesse prestado vestibular por 12 anos.
Segundo ela, a aprovação não veio antes por falta de tempo para estudar. Nágela é servidora da Universidade Federal do Ceará – UFC, onde trabalha das 16 às 22 horas. “Dormia normal porque senão o rendimento caía”, explica. “Mas eu estudava sempre que tinha uma hora vaga, à noite, no horário de almoço.”
Até conseguir realizar o sonho, acordava às 05h30min, fazia curso pré-universitário pela manhã e continuava a estudar até a hora de ir para o trabalho. “Quando chegava, à noite, ainda dava uma olhada nos livros, revisava alguma coisa. Eu ficava no colégio e ia direto para o trabalho.” Nos fins de semana, ficava na biblioteca da escola, inclusive em domingos.
A nova acadêmica de Medicina concluiu o ensino médio em 1991. Descobriu a paixão pela profissão depois de sofrer com uma doença neurológica. Por várias vezes, ela fez vestibular para outros cursos, como Administração, Pedagogia, Letras e Direito. Passava sempre entre os primeiros lugares, afirma, mas acabava desistindo. “Não me matriculava para não tirar a vaga de outra pessoa que realmente queria”, justifica.
Agora, a sensação é “de alívio, de tirar um peso das costas”. “Sensação de paz”, resumiu Nágela.
Informações de portal G1
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