Não deixar acumular água parada é uma das armas eficazes no combate ao mosquito transmissor da doença
As chuvas e as altas temperaturas do verão exigem mais atenção para prevenir uma epidemia de dengue, doença grave que oferece sérios riscos à saúde e que pode, inclusive, levar à morte. O Ministério da Saúde continua reforçando para toda a população a importância de sua participação no combate constante ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
As autoridades em saúde recomendam algumas medidas simples para prevenir a infestação pelo mosquito. A população deve evitar acumular água em garrafas, latas, pneus, nas calhas que escoam as águas de chuvas e nas lajes das casas que não são cobertas com telhados. Estes são os locais ideais para o mosquito Aedes aegypti depositar seus ovos.
Retirar a água de pratos de vasos de plantas e colocar areia até a borda, desobstruir as calhas, manter fechados ralos da cozinha e dos banheiros quando não estiverem sendo usados, fechar sacos de lixo, manter lixeiras fechadas, evitar o acúmulo de lixo perto de casa, lavar o suporte de garrafões de água mineral sempre que eles forem trocados e manter fechada a tampa do vaso sanitário de banheiros pouco usados também são medidas que contribuem para manter a dengue distante.
Essas ações são muito importantes, pois, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão em ambientes domiciliares. “Sem a participação de cada um, por mais que haja esforço das autoridades, a luta contra a dengue não terá a mesma eficácia”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta.
Índice de infestação
Uma das ações inovadoras no combate à dengue desenvolvida pelo Ministério da Saúde é o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).
“Trata-se de um instrumento que contribui para que o município direcione as ações de combate ao mosquito de acordo com a realidade de cada local e onde há maior risco da ocorrência de casos”, explica Fabiano Pimenta.
O LIRAa permite identificar as áreas onde ocorre uma infestação maior e quais são os criadouros predominantes do mosquito. “Com este método conseguimos saber se em uma determinada área a infestação é maior nos pratos dos vasos de plantas ou por acúmulo de água em calhas”, exemplifica o secretário.
O LIRAa foi realizado nos municípios considerados prioritários para o combate à dengue. Os municípios são divididos em áreas de nove a 12 mil casas e as pesquisas acontecem em grupos de 400 a 450 imóveis. Neles, as equipes de controle da dengue levantam todas as informações sobre a infestação do mosquito.
Fonte: Ministério da Saúde