Instituição ingressará com ação coletiva por danos morais e materiais a familiares das 239 vítimas do incêndio na boate Kiss, que nesta quarta, dia 27, completa um mês.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul vai acionar judicialmente a prefeitura de Santa Maria e o governo do Estado pelo incêndio na boate Kiss que ocasionou a morte de 239 pessoas.
Em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira, dia 25, o defensor público-geral do Estado Nilton Leonel Arnecke explicou que a ação coletiva é pela falha na prestação de serviço público e na fiscalização do funcionamento da casa noturna. “Seria uma responsabilidade solidária com a empresa e os sócios,” argumentou.
“A ação cível discutirá indenizações por danos morais e materiais aos parentes das vítimas. Além de pedido de condenação de dano moral coletivo, uma vez que não foram apenas os familiares das vítimas afetados pela tragédia, mas toda a sociedade gaúcha”, esclareceu.
Segundo Arnecke, o pedido está fundamentado no Código de Defesa do Consumidor e na legislação que regula a legitimidade da Defensoria Pública para ajuizar uma ação coletiva.
A Defensoria Pública ainda não concluiu o cálculo do montante das indenizações, já que cada família tem “situação material” distinta. O defensor acredita que em duas semanas, no máximo, a instituição consiga ingressar com a ação.
“A expectativa de vida era grande. A maioria era universitária com uma carreira pela frente. Pelo número de vítimas, pela magnitude do fato – são cerca de 12 mil anos de vidas perdidos, projetando a idade de todas as pessoas – então realmente vai ser uma indenização muito alta”, projetou o defensor.
Associação dá início aos trabalhos
A diretoria da Associação dos Familiares de Vítimas da Tragédia de Santa Maria deu início aos trabalhos na manhã desta segunda-feira, com uma reunião na sede do grupo, na antiga reitoria da Universidade Federal de Santa Maria.
O encontro coordenado pelo presidente da entidade, Adherbal Ferreira, está montando comissões para acompanhar o andamento das investigações, o pagamento de indenizações e o atendimento às famílias.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / Zero Hora