Os protestos da Brigada Militar para aumentar seu salário são muitos e estão se tornando perigosos, por conta disto a cúpula de segurança do governo fez uma reunião de emergência.
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Foram bloqueados nesta quinta-feira, 15 de setembro, o viaduto Otávio Rocha, na Rua Duque de Caxias e a Avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre. O Grupo de Ações Táticas Especiais – Gate, foi acionado para verificar um suposto explosivo pendurado em um boneco com farda da Brigada Militar (foto) em forma de protesto. Apesar da mobilização do Gate, era um falso artefato pendurado no boneco.
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A onda de protestos não apresentou ainda perigo real, mas a cúpula de segurança do governo se reuniu para prevenir ataques maiores e mais perigosos. O governador Tarso Genro reuniu-se no Palácio do Piratini com o secretário de segurança, Airton Michels, o comandante da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, e o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.
Os autores dos protestos ainda não foram identificados e a investigação dos casos deve demorar. “Essa investigação vai ser demorada. O Estado tem uma extensão muito grande. Essa investigação está apurando a situação de todo o Estado. Existem vários inquéritos”, afirmou o corregedor-geral da Brigada Militar, coronel João Gilberto Fritz. O coronel não especificou uma data de conclusão para as investigações.
“Recebemos esse protesto como recebemos todos os outros episódios dessa natureza. Tem um inquérito instaurado para apurar a autoria e a materialidade dessas infrações penais”, contou o coronel Fritz. Quando perguntado sobre os possíveis autores dos protestos, Fritz acredita que pode ser qualquer segmento policial e não necessariamente a Brigada Militar. “Foram vários episódios desde o dia 4 de agosto. Então não posso afirmar se foi PM, se foi gente da ativa ou da reserva, ou até se foi de outro segmento. Daqui a pouco, outros grupos podem se valer dessa situação”, concluiu o coronel.
Informações de Zero Hora
FOTO: Ronaldo Bernardi / Zero Hora