Em entrevista ao Portal novohamburgo.org, secretária de Cultura fala a respeito da novidade. Três anos depois, público poderá conferir espetáculos de verão com climatização.
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Efeito estufa, buraco na camada de ozônio… Aquecimento global. Explicações científicas não faltam. Certo é que cada vez mais o verão vem acompanhado de altas temperaturas.
A explicação para o calor, aliás, não é o que importa. Não quando o assunto é cultura em Novo Hamburgo. Talvez se fosse meio ambiente… Há três verões, o público não suportava a sensação de abafamento no Teatro Paschoal Carlos Magno. Em 2010, poderá conferir os espetáculos de janeiro e fevereiro como se fosse inverno. Pelo menos é o garante Anita Lucas de Oliveira.
Em entrevista ao Portal novohamburgo.org, a titular da Secretaria Municipal de Cultura falou sobre o conserto do ar-condicionado e não se furtou de comentar também os planos para 2010. Anita de Oliveira faz ainda uma avaliação sobre o primeiro ano de administração petista em Novo Hamburgo na área em que comanda. O segredo para o sucesso, segundo ela, é criatividade.
AR-CONDICIONADO
O primeiro verão da Cultura sob a responsabilidade dela foi de calor no teatro. O segundo será de cultura sem calor. A brincadeira resume bem o sentimento de Anita com o conserto do ar-condicionado. Embora não represente nenhum avanço para a política cultural propriamente dita, a medida era uma das mais reivindicadas. Um investimento que custou R$ 22,5 mil reais aos cofres públicos.
A satisfação só não é maior porque ainda falta um detalhe para que o aparelho funcione à pleno vapor. A secretária explica que o compressor do ar-condicionado apontado como causa do problema funciona normalmente desde o dia 20 de dezembro de 2009. Só que agora o outro compressor apresentou vazamento. “O clima já está bem agradável no teatro, ainda não o ideal”, admite Anita, prometendo para essa semana o conserto definitivo.
A diferença já pôde ser sentida pelo público no encerramento do Natal dos Sinos, na última quarta-feira, dia 06 de janeiro. Mesmo sem os 100% da capacidade de refrigeração, comparado o calor que fazia na rua à temperatura no interior do teatro dava a impressão de “água para o vinho”. “No início estava agradável. Quando lotou, chegou a dar um calorzinho, mas nada comparado à situação anterior”, lembra a secretária.
HISTÓRICO – Os problemas no ar-condicionado do teatro municipal se arrastam desde os dois últimos anos da administração Jair Foscarini (PMDB). Ao ser nomeada pelo prefeito Tarcísio Zimmermann (PT), Anita de Oliveira comprometeu-se à resolvê-los. Pediu uma avaliação ainda no início de 2009. Entretanto, o aparelho muito antigo foi alegado como justificativa para a demora no conserto pela empresa responsável.
PASSADO E FUTURO
O que fica do primeiro ano é a criatividade da equipe que compõe a Secretaria da Cultura. Ao avaliar 2009, Anita já antecipa a fórmula de trabalho para o ano que começa. E a meta está definida: descentralização da cultura. Levar cultura para as comunidade mais carentes.
Antes, um breve momento de explicação. Por que a cultura não decola em Novo Hamburgo? “Existe muita cobrança. Todo mundo vem bater aqui para pedir dinheiro. Falta produção local nos bairros porque não tem dinheiro. Não tem dinheiro porque não tem produção local…” Para solucionar o dilema, um palco móvel, feito à madeira, com toda a criatividade possível, já foi adquirido pela secretaria.
Sem muitos recursos no orçamento, o jeito foi inovar para garantir os eventos tradicionais como Aniversário do Município, Feira do Livro, e Natal dos Sinos. Parcerias com a iniciativa privada acabaram sendo a saída. “No início, os parceiros estavam meio receosos. No final, ficaram muito satisfeitos com o resultado. Recebemos muitos elogios. Os parceiros estão super satisfeitos.”
FOTOS: arquivo / novohamburgo.org