Pesca, desmatamento e caça ilegal para comércio de marfim estão entre as áreas mais procuradas por criminosos, revela pesquisa.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Crimes ambientais movimentam mais de US$ 20 bilhões por ano. De acordo com informações divulgadas por representantes da Interpol e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Pnuma nesta quarta-feira, dia 06, esta prática é a quarta atividade ilegal mais importante, perdendo apenas para o tráfico de drogas, de pessoas e de armas.
O relatório aponta que o comércio de marfim, a poda ilegal de madeira e superexploração dos recursos pesqueiros estão entre as práticas mais comuns. No caso da pesca, 52% dos recursos marítimos do mundo foram explorados, 16% estão superexplorados e 7% já estão esgotados, informa a Organização para a Agricultura e a Pesca – FAO.
Anualmente, 25 milhões de toneladas de peixes são capturados por ano. Este montante corresponde a 20% do que é pescado em nível mundial. A quantia sobe para 50%, quando comparado com o litoral leste da África.
“Este delito, da mesma forma que o resto da criminalidade, foi globalizado, por isso que os pescadores furtivos podem vir desde outra parte do mundo”, informou o representante da Noruega na unidade de delinquência ambiental de Interpol, Gunnar Stolsvik.
Outro setor que indica crescimento, conforme indica a Pnuma e a Interpol, é o de tratamento ilegal de resíduos eletrônicos tóxicos. Também denominada de “lixo eletrônico”, quase 50 milhões de toneladas são desviadas aos mercados negros todo o ano visando reduzir o custo com transporte e reciclagem.
Estando em um patamar considerado como “alarmante” pelos Órgãos, a caça ilegal vem preocupando os núcleos. Em 2011, por exemplo, foram mortos apenas na África um total de 17 mil elefantes, revela o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.
Informações de Opera Mundi
FOTO: ilustrativa / igepri.org