Ainda assim, subiu 1,2% em relação aos três primeiros meses de 2010; destaque para o setor de agropecuário, pelo ponto de vista da oferta.
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A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre, mas ainda assim registrou um crescimento de 1,2% em relação aos primeiros três meses do ano, taxa que superou as expectativas dos analistas que esperavam variação de 0,4% a 0,9%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 03, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto – PIB, que representa a soma de bens e produtos finais produzidos no país, havia registrado alta de 2,7% em comparação ao fim de 2009.
Na comparação com segundo trimestre do ano passado, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 8,8%, pouco inferior ao primeiro trimestre (9,0%). No primeiro semestre de 2010, o PIB cresceu a uma taxa recorde de 8,9%, a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1996. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 900,7 bilhões.
Pela ótica da oferta, o maior destaque coube ao setor de agropecuária. O segmento apresentou expansão de 2,1% em relação ao primeiro trimestre. Já indústria avançou 1,9%. E os serviços cresceram 1,2%.
Já pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF, que sinaliza os investimentos, apresentam expansões de 0,8% e 2,4% no período, nessa base de comparação.
Comparação com 2009
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o destaque coube à indústria que subiu 13,8%. A construção civil teve alta recorde de 16,4% depois de amargar queda de 9,3% no segundo trimestre de 2009. Segundo a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca de Palis, o avanço se deve ao crescimento do crédito do BNDES e do crédito direcionado à habitação.
O setor de Serviços subiu 5,6% nessa base de comparação. Os segmentos que tiveram maior destaque foram aqueles relacionados à indústria: comércio, transporte, armazenagem e correio, intermediação financeira e seguros. A agropecuária registrou alta de 11,4%, com aumento da produção e da produtividade, segundo Rebeca.
No segundo trimestre na comparação com igual período do ano passado, os investimentos cresceram 26,5%, recorde da série histórica iniciada em 1996 e que superaram o patamar de investimentos na economia verificados antes do impacto da crise econômica no país.
Um dos fatores que mais contribuiu, segundo o IBGE, foi o incremento da produção interna, aliada à importação de máquinas e equipamentos e ao comportamento da taxa básica de juros (Selic). Também contribuiu a baixa base de comparação de 2009, quando o país ainda vivia sob efeito da crise.
Informações de O Globo
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