Nos últimos anos, universidades e escolas de idiomas de diversos países têm registrado um aumento da procura pelos cursos que ensinam o idioma.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Até alguns anos atrás, “o interesse dos estrangeiros era raro e, em geral, não fugia muito disso”, disse à BBC Brasil a professora Claudia Padoan (foto), sobre pessoas de outros países aprenderem a falar português.
Nos últimos anos, universidades e escolas de idiomas de diversos países têm registrado não só um aumento da procura pelos cursos que ensinam português, mas também uma mudança no perfil dos alunos. “Saber português hoje é bom para o currículo”, resume a brasileira Roberta Mallows, que ajudou a criar um recém-lançado curso de língua portuguesa e cultura brasileira no King’s College London.
Desde 2008, o português vem sendo listado como um dos idiomas prioritários na pesquisa feita pela Confederação Britânica da Indústria – CBI, maior lobby empresarial britânico, para identificar quais habilidades dos trabalhadores podem ser úteis para os negócios.
O King’s College já tem cerca de 100 alunos aprendendo português e tendo aulas do curso que alia o ensino da língua a lições sobre outros aspectos da cultura brasileira. A rede de ensino de idioma Cactus, que oferece aulas de português em 13 unidades, também viu o número de estudantes nesses cursos crescer 107% nos últimos cinco anos. O número de treinamentos oferecidos às empresas quadruplicou, tendo o aumento mais acentuado ocorrido nos últimos dois anos (63% e 77% respectivamente).
Nos EUA, há mais de 10 mil alunos matriculados em cursos de português, segundo a Modern Language Association. Na China, até alguns anos atrás apenas quatro universidades ofereciam aulas de português. Hoje são 15 e a ideia de autoridades chinesas é chegar a 30 nos próximos anos.
Atualmente, um dos principais promotores do idioma português no mundo é o Instituto Camões, criado em 1992 pelo governo de Portugal. Promover o uso da língua portuguesa também é um dos objetivos centrais da CPLP, organização criada em 1996, mas as iniciativas nessa área ainda são relativamente limitadas.
Informações de Folha.com
FOTO: reprodução / ultimosegundo