Com as testemunhas também será convocado o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, acusado por Pagot de tentar fazer caixa dois para o PSDB paulista.
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A CPI do Cachoeira aprovou, por unanimidade (28 votos), diversos requerimentos de convocação de testemunhas, entre elas o ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit Luiz Antônio Pagot e o prefeito de Palmas-TO, Raul Filho (PT).
Também foi aprovada a convocação do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, acusado por Pagot de tentar fazer caixa dois para o PSDB paulista com recursos do Dnit, do empresário paulista Adir Assad, que atua nos segmentos de construção civil e eventos, dono de empresas pelas quais teriam transitado recursos da Delta, e a ex-mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprigio.
A única convocação polêmica foi a de Paulo Preto. O PSDB disse que só concordaria se fosse convocado também o deputado federal José de Filippi Junior (PT-SP), que teria procurado Pagot para que ele ajudasse na arrecadação de recursos junto a empreiteiras para financiar a campanha presidencial da então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Novamente, o PSDB acusou o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), de partidarizar as investigações e de desmoralizar a comissão. Cunha se defendeu, afirmando que a convocação de Filippi seria votada em seguida à votação do bloco de requerimentos.
Cunha defendeu a convocação de Paulo Vieira de Souza, apontado como arrecadador de campanhas do PSDB, com base em entrevista de Pagot à revista IstoÉ, em abril. “O Pagot imputa ao Paulo ‘Preto’ a prática de um crime. No caso do deputado José de Filippi não há imputação de prática de crimes”, afirmou.
Informações de Zero Hora
FOTO: André Coelho / O Globo