Reunião entre a presidente Dilma e centrais sindicais definiu também política que fixa correção da tabela pelo centro da meta da inflação.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O governo convenceu as centrais sindicais de que a correção na tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física – IRPF será de 4,5% neste ano, durante reunião desta sexta-feira, dia 11, entre a presidente Dilma Rousseff e as seis maiores centrais sindicais do país.
Em troca, o governo aceitou incluir na Medida Provisória que enviará ao Congresso nos próximos dias uma política que fixa a correção da tabela pelo centro da meta da inflação – neste ano, esse índice também está fixado em 4,5%.
Isso significa que, caso a inflação seja maior que esse percentual, a tabela será corrigida apenas pelos 4,5%. Por outro lado, se a inflação for abaixo disso, o reajuste também será de 4,5%.
Participaram da reunião a Central Única dos Trabalhadores – CUT , Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros – CTB, Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, União Geral dos Trabalhadores – UGT e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB. Também estiveram no encontro os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho e do Planejamento, Miriam Belchior.
Para as centrais, que apresentaram como reivindicação ou a majoração de 6,47% para este ano – referente a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – ou a adoção de uma política de correção anual, o compromisso do governo representa uma vitória. Outro pedido das centrais, no entanto, não será atendido: mudança nas faixas que incidem o imposto. A presidente Dilma disse que não poderia se comprometer com a proposta.
NEGOCIAÇÃO – Na reunião, ficou acertado também a abertura de uma mesa permanente de negociação envolvendo as centrais e o governo. Essas mesas tratarão de tudo: desde redução da carga semanal de trabalho até educação.
Embora não tenham uma periodicidade acertada, a expectativa é que aconteçam uma vez por mês, dependendo do tema. A primeira será com os Ministérios da Fazenda e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio para debater a desindustrialização no país.
Informações de O Globo
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