Provável alta da taxa deverá representar uma demonstração de força da nova diretoria do Banco Central, buscando reputação anti-inflacionária.
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central – Copom deverá elevar a taxa básica de juros em até 0,75 ponto na próxima quarta-feira, dia 02. Se a estimativa for confirmada, a Selic chegará a 12% ao ano e servirá como um freio à ameaça de aumento da inflação.
O coordenador da área de Economia Aplicada do IBRE/FGV, Armando Castelar, afirma que os alimentos estão caros em vários países. E no ambiente interno, a pressão vem das consultas médicas, aluguéis, vestuário e empregados domésticos, entre outros. “A preocupação com a subida de preços é correta”, diz o especialista.
O economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, ressalta que a possível alta representará também uma demonstração de força da nova diretoria do Banco Central. “A equipe ainda precisa conquistar a mesma reputação anti-inflacionária dos antecessores”, observa o especialista da LCA.
O setor produtivo admite que a provável alta da Selic tenha uma finalidade justa, mas reclama da falta de iniciativa do governo em outras áreas. O vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas, Carlos Pastoriza, sugere a limitação dos prazos nos parcelamentos.
Informações de Band
FOTO: ilustrativa / Agência Brasil