Horas seguintes a eliminação do Brasil na África do Sul foram de pouco movimento e muita lamentação. Nem sinal das vuvuzelas que fizeram sucesso também entre os hamburguenses.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Era para ser dia de festa. Novo Hamburgo enfeitada esperava comemorar a classificação do Brasil às semifinais da Copa do Mundo 2010.
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Não deu! Quem circulou pelo Centro da cidade horas depois da eliminação para a Holanda na África do Sul viu foi a decepção tomando conta das ruas. Aliás, pouca gente circulava. O Portal novohamburgo.org fez esse exercício. Como não poderia deixar de ser, o cenário era bem diferente daquele visto após a vitória contra o Chile nas oitavas-de-final.
As bandeiras penduradas na Praça do Triângulo (foto), de lá só saíram para a bolsa do vendedor. As vuvuzelas, amadas e odiadas, que anunciavam que era dia de jogo da Seleção Brasileira logo nas primeiras horas da manhã, no início da tarde não se ouvia mais. O sonho do hexacampeonato tinha ficado para a Copa brasileira, em 2014.
Decepção sob medida
Ninguém queria perder o jogão. E se a bola rolava às 11 horas da manhã (horário de Brasília), lá no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, em Novo Hamburgo todo mundo dava um jeito de assistir.
Funcionários da Carlson Indústria de Móveis Sob Medida (foto), no bairro Primavera, não tiveram dúvida: improvisaram uma televisão na entrada da empresa e torceram ao lado do patrão. É o futebol unindo empregado e empregador!
O gerente administrativo Gustavo Moura conta que o grupo estava confiante. “O pessoal estava acreditando. Quando terminou o primeiro tempo, então, acharam que já estava ganho.” Vale lembrar que o Brasil foi para o intervalo vencendo por 1 a 0.
Só que o clima começaria a mudar quando os holandeses empataram. Gustavo conta que logo surgiram contestações ao trabalho de Dunga. “Devia ter chamado o Ronaldinho Gaúcho, Ganso…” Sobrou até para Kaká. Afinal, o placar já marcava 2 a 1 para a Holanda. “Reclamaram que foi machucado, não jogou nenhum jogo bem. Hoje, só se salvou o Lúcio, Robinho e o Gilberto Silva.”
Para o gerente administrativo, a postura da Seleção Brasileira na etapa final foi determinante para a derrota. “O Dunga deve ter mandado os caras para trás. Só pode. No primeiro tempo tiveram até chance de ampliar”, destaca. Como todo o brasileiro tem um pouco de técnico, Gustavo finaliza avaliando como negativas as atuações do vilão Felipe Melo, Luis Fabiano e Daniel Alves.
FOTOS: Felipe de Oliveira / novohamburgo.org