Dados de pesquisa revelam a propagação da droga nas cidades, os principais causadores e consequências do uso na sociedade.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, dia 07, pela Confederação Nacional de Municípios – CNM, mostra que o uso do crack está substituindo o consumo do álcool em municípios de pequeno porte e áreas rurais, por conta do preço baixo. De 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% enfrentam problemas com a circulação da droga e 93,9% com o consumo da mesma.
“Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, informa a pesquisa. O consumo do crack já se tornou comum em 90,7% dos municípios pesquisados.
Apesar dos municípios investirem R$ 2,5 milhões para combater o crack e outras drogas, conforme foi informado a CNM, faltam profissionais com capacidade e verbas destinadas à manutenção das equipes e dos centros de atenção para usuários. Com isso, os principais impedimentos no combate à droga são a falta de leitos para a internação, espaço físico inadequado e carência na disponibilidade de remédios. O crack afeta a saúde de 63,7% dos municípios no país.
A principal causadora disso, portanto, é a fiscalização falha na venda dos produtos, que não atua o suficiente no combate ao tráfico de drogas. “O efetivo policial é pequeno, mal remunerado e pouco treinado para enfrentar a dinâmica do tráfico de drogas”, afirma a pesquisa. Além disso, a rede de Proteção Social Especial e do Centro de Referência Especializado da Assistência Social – Creas, está frágil e atende suas demandas de forma errada em 44,6% dos municípios.
Em abril deste ano, a CNM lançou o portal Observatório do Crack, que acompanha a situação dos municípios, informando sobre o consumo, os investimentos e os resultados das ações que combatem a droga. O crack é um perigo não só para a saúde dos usuários, como também para a segurança pública. Com o avanço do consumo desta droga, há também o avanço de furtos, roubos, violência, assassinatos e vandalismo.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Ilustrativa