Acordo iminente não descarta diferenças entre republicanos e democratas
O Congresso americano parece próximo de fechar o acordo sobre a rodada de negociação relâmpago com a adminsitração Obama. O acordo deverá fechar o pacote em 789 bilhões dólares de estímulo econômico.
O acordo propõe redução de gastos em educação e programas de saúde em favor de reduções fiscais necessários para a conquistar votos cruciais dos republicanos no Senado. Apesar de intenso lobby com governadores em todo o país, o acordo final cortou 35 bilhões de dólares a partir de uma proposta do fundo de estabilização fiscal estadual, eliminado 16 bilhões de dólares em ajuda para escolas e cerceando subsídios da saúde para os desempregados.
Apesar de o acordo parecer iminente, legisladores envolvidos nas conversações advertiram que alguns aspectos do plano, incluindo os montantes a serem gastos, estão ainda sujeitos a alterações.
Após reunião no escritório da senadora, Nancy Pelosi, na terça-feira até quase meia-noite, altos funcionários da Casa Branca e do Congresso, os líderes tentaram resolver as diferenças entre a Câmara e o Senado nas versões.
“Penso que estamos a meio caminho de onde nós começamos e não creio que haja muito mais a percorrer até que sejamos capazes de unificá-los”, disse o senador Ben Nelson, democrata de Nebraska, que é líder de um grupo bipartidário de senadores cujo apoio é tão crucial que eles efetivamente detêm poder de veto.
Negociadorres da Câmara e Senado eram esperados para aprovar as mudanças em um processo formal de conferência nesta quarta-feira à tarde, para a definição da fase final para o Congresso realizar as votações até o final da semana e enviar o projeto ao presidente Obama.
Alguns críticos sugeriram que o valor final era demasiado pequeno para ser eficaz, devido à grave situação da economia americana. “Eu não estou feliz com ele”, disse o senador Tom Harkin, democrata de Iowa.
Harkin disse que ele estava particularmente frustrado. “Porque é por aí? Não tem nada a ver com estímulo. Não tem nada a ver com a recuperação. Isso não faz sentido algum.”, questionou.
The New York Times