Pesquisa elaborada pelo portal G1 aponta dificuldades dos empregadores no preenchimento de certas vagas, como, por exemplo, de secretária.
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O aquecimento da economia, a exigência de qualificações ou até mesmo a falta de profissionais no mercado fazem com que empregadores tenham dificuldade para preencher vagas muitas vezes consideradas estratégicas, afirmam especialistas.
O portal G1 consultou empresas das áreas de recursos humanos e sites de currículos e listou os dez dos cargos mais difíceis de serem preenchidos atualmente no mercado brasileiro: analista ou coordenador contábil com inglês fluente, consultor SAP com inglês fluente e experiência, profissionais da área de Tecnologia da Informação – TI, profissionais da área de vendas e teleatendimento, coordenador de medicina e segurança do trabalho para o varejo, engenheiros, médicos, secretárias, profissionais da área de mineração e profissionais da área petroquímica e de energia.
As empresas citaram as funções e áreas que, neste ano, marcaram pela escassez de profissionais adequados. Algumas vagas acabaram nem sendo preenchidas ou os empregadores precisaram abrir mão de alguma exigência para fechar o posto, afirmam os especialistas. Outro motivo apontado pelos recrutadores para esses casos é que, com a economia aquecida, muitas empresas procuraram segurar os funcionários, cobrindo eventuais ofertas.
Salários mais elevados
Os salários para contratar profissionais já experientes também aumentaram, em virtude da economia mais aquecida e do conseqüente assédio de outras empresas para que o funcionário troque de companhia.
Isso, segundo recrutadores, faz com que muitos empregadores tentem segurar sua equipe, cobrindo as ofertas dos concorrentes. “No ano passado, as empresas tiveram que enxugar o quadro e poucas fizeram contraproposta. Neste ano, os empregadores estavam com dinheiro e todos os bons candidatos, se tiveram proposta para sair, receberam a contraproposta”, disse Fabiana Nakazone, do Grupo DMRH.
Na área de Tecnologia da Informação – TI, por exemplo, Leandro Cabral, diretor comercial da Catho Online, diz que a procura tem crescido a cada dia. “Profissionais nessa área estão entre os mais bem remunerados do mercado, portanto, já recebem acima da média”. Ele lembrou que o investimento na qualificação na área é alto. “Porém, isso é observado em várias outras profissões e, mesmo assim, a remuneração média fica abaixo da de TI”, disse.
Como se encaixar
Para Fabiana Nakazone, vale aos candidatos ficarem de olho nas vagas mais difíceis de preencher para tentar atendê-las. Segundo ela, às vezes um profissional formado em determinada área não enxerga todas as possibilidades que a carreira tem a oferecer, focando apenas no setor que está mais saturado.
Renato Grinberg, diretor da trabalhando.com.br, alerta que o candidato precisa gostar do que faz. Ele lembra que de nada adianta cursar engenharia só porque há vagas disponíveis na área se a pessoa não tiver habilidade com números, por exemplo.
Informações de portal G1
FOTO: ilustrativa / GettyImages