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Medida serve para combater situação crítica do Rio dos Sinos devido a estiagem. Nesta semana, nível do rio teve nova média mais baixa desde 1998
Para combater a coloração amarelada na água tratada que distribui a Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo iniciou o tratamento com ortopolifosfato, uma substância que deve restabelecer a coloração adequada em situações críticas do Rio dos Sinos, como a longa estiagem que vem sendo enfrentada no Estado. O resultado da falta de chuva pode ser sentido especialmente no Vale do Sinos, que atingiu, em Novo Hamburgo, seu nível mais baixo desde 1998 neste mês: 1,85m. A situação causou problemas de abastecimentos em diversas cidades da região, mas, até o momento, Novo Hamburgo não corre risco de racionamento ou desabastecimento. Apesar disso, a qualidade da água do rio, que é o 4º mais poluído do Brasil, tem uma queda significativa com a falta de chuvas, o que exige de todas as companhias de saneamento, um trabalho ainda mais intenso para tornar a água potável.
Como consequência, a concentração de sedimentos, matéria orgânica, que são naturalmente presentes na água, acabam ficando mais elevados como, por exemplo, o ferro e manganês que quando entram em contato com o cloro produzem uma reação química que pode dar um aspecto amarelado para a água. “É preciso destacar que, independente da cor da água que a população recebe na sua torneira, ela é potável”, comenta o diretor-geral da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, Márcio Lüders. “Nenhuma gota de água sai da nossa Estação de Tratamento sem atender as portarias estabelecidas pelo Ministério da Saúde. No entanto, a cor amarelada pode causar estranhamento. É por isso que começamos, neste mês, o tratamento da água com ortopolifosfato, um produto que deve restabelecer a coloração adequada em situações críticas como essa”, aponta.
O que faz?
O ortopolifosfato é um produto adequado para ser utilizado na água potável e tem como objetivo, sequestrar íons de metais da água tratada nas redes da cidade. Adicionalmente, o produto a base de ortopolifosfato, ao ser adicionado na água, tende a criar uma espécie de película que reveste as paredes internas das tubulações,
auxiliando na manutenção interna da rede, bem como na manutenção da minimização e, até mesmo, eliminação da presença de cor na água. Apesar disso, o processo não é instantâneo. “Temos mais de 800 quilômetros de tubulações, com diferentes diâmetros e ramificações, em toda Novo Hamburgo e começamos o tratamento a menos de um mês. Leva tempo até ele chegar em todos os trechos da rede, mas já notamos uma melhoria em determinados locais que estavam percebendo coloração na água. É um tratamento lento e contínuo, porém eficaz”, destaca o diretor técnico Ari Borges dos Santos.