Representantes de entidades e comunidade questionam a segurança do local, além da preocupação em diminuir o fluxo dos comércios locais e gerar desemprego.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Desde o anúncio do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – Dnit em 2009 sobre o fechamento do acesso à cidade pela sinaleira da Rua 24 de Maio, em função do Viaduto do Rincão, moradores, comerciantes e entidades representantes da comunidade se movimentam para discutir melhores medidas.
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Na última segunda-feira, 24, a Câmara Municipal de Vereadores realizou audiência pública para debater o assunto e teve o plenário lotado. Representantes do Dnit e o prefeito Tarcísio Zimmermann não compareceram. Os moradores temem ficar sem acesso aos bairros que ficam do outro lado da BR, além de diminuir o fluxo aos comércios da Rua 24 de Maio.
O vereador licenciado Leonardo Hoff, chefe adjunto da Casa Civil, sugeriu que os vereadores formem uma comissão para levar as manifestações ao Dnit e a sugestão foi endossada pelos parlamentares. O vereador Luiz Carlos Schenlrte propôs um túnel subterrâneo. Lembrou que um lado da BR depende do comércio do outro e que a falta de acesso comprometerá a vida de todos. Alexandre Souza, topógrafo da Secretaria Municipal de Trânsito, confirmou que essa obra é viável. O público aplaudiu a sugestão.
A delegada do Orçamento Participativo do Bairro Rio Branco, Raquel Agostini, lembrou que as iniciativas contra o fechamento do acesso iniciaram em agosto de 2009 e as preocupações da comunidade em relação ao comércio e transporte foram apresentadas ao prefeito. Após isso, outras duas reuniões foram realizadas, mas de acordo com Raquel, os moradores não conseguiram sensibilizar Zimmermann. A ausência do prefeito na audiência também foi protestada por ela, que ainda propôs uma ponte seca na 24 de Maio pois, no seu entender, a abertura da rua China não invalida outras propostas.
Preocupação com desemprego e segurança
Na ata audiência pública com moradores do Rio Branco ocorrida em 16 de março, a preocupação com os empregos dos comércios locais e a segurança foram destacados. “[…] Os pequenos e médios empreendedores externaram sua preocupação com a possibilidade de transferência e/ou fechamento do comércio, bem como com o aumento do desemprego. Os moradores expressaram sua insegurança com o fechamento do acesso à Rua 24 de Maio deixando o bairro deserto e as pessoas suscetíveis à assaltos e furtos. Apontaram a iluminação deficiente e danificada”, declara o texto apresentado por Raquel Agostini.
A segurança dos pedestres sem a sinaleira foi ressaltada pelo vereador Ricardo Ritter – Ica, que preside a Comissão de Obras e Serviços Públicos, que convocou a audiência. Na última quarta-feira, 19, a Comissão esteve na 24 de Maio, verificando outras possibilidades de acesso. Para os vereadores da Comissão, a alternativa, especialmente para os moradores do outro lado da BR, poderia ser entrar pela rua Rincão, acessando a rua 24 de Maio através da rua China. Esta última rua precisa ser aberta num trecho de cerca de 300 metros. Outra proposta seria a conclusão da av. Naçoes Unidas, entre Caxias do Sul e Rincão.
Participaram da audiência várias entidades: Grupo Pensando NH; Associação de Bairro da Vila Nova; do Bairro Rio Branco; da Vila Sanga Funda; CREA-NH; Sindicato dos Empregados do Comércio de NH ;secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de NH, Moisés Medeiros; de Segurança, Álvaro Santos; de Obras, Lino de Negri; de Turismo, Carlos Finck, além de comerciantes e moradores, inclusive representando condomínios.
FOTO: reprodução