Crime ocorreu no bairro Guajuviras em Canoas, em 2010. Ele impediu a mulher, um menino de 11 anos e uma menina de sete anos de deixarem à residência.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Começa nesta segunda-feira, dia 22, o julgamento do vigilante Rodrigo Luciano Luz, que manteve a ex-companheira e os dois filhos por 69 horas em cárcere privado, considerado o maior da história do Rio Grande do Sul.
O júri é presidido pela titular da 1ª Vara Criminal de Canoas, juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva.
Conforme denúncia do Ministério Público do Estado, o cárcere teve início às 23 horas de 12 de fevereiro de 2010. Com uma arma, o vigilante entrou na casa da ex-companheira no bairro Guajuviras, em Canoas.
Ele impediu a mulher, um menino de 11 anos e uma menina de sete anos de deixarem a residência. Nesses quase três dias, a mulher foi agredida e violentada repetidas vezes. A liberação só ocorreu às 20h30min de 15 de fevereiro.
Rodrigo Luz responde ainda pela aquisição e adulteração de chassi de carro roubado, utilizado para chegar à casa da ex-companheira, e pela tentativa de homicídio do namorado da irmã da vítima, que ficou ferido ao tentar entrar na casa onde ocorria o cárcere.
O julgamento de Luz, inicialmente marcado para 02 de abril, foi adiado porque a defesa solicitou exame de sanidade mental. O laudo feito pelo Instituto Psiquiátrico Forense – IPF atestou que o réu não sofre de incapacidade mental e pode responder pelas acusações.
Como a defesa havia impugnado o primeiro teste, foi necessária a realização de mais um procedimento. Luz está detido no Presídio Central,em Porto Alegre.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / Correio do Povo