Para quem ainda não conhece o longa dirigido e protagonizado por Selton Mello, saiba que o filme traz todas as inseguranças e dúvidas de um homem que não entende sua vocação, vivendo em crise de identidade.
Victor Hugo Furtado [email protected] (Siga no Twitter)
Faltando pouco mais de um mês para a escolha dos cinco candidatos que disputarão a categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar 2013, acrítica aposta na sensibilidade e na “universalidade” de O Palhaço para o cargo.
Para quem ainda não conhece o longa dirigido e protagonizado por Selton Mello, saiba que o filme traz todas as inseguranças e dúvidas de um homem que não entende sua vocação, vivendo em crise de identidade (veja o trailer abaixo). A começar pelo fato de que não possui carteira de identidade, que o identifica como cidadão, o que resulta também numa busca interna de sentido para a própria vida. O filme se mostra, acima de tudo, humano e plural.
Da lista dos 71 pré-candidatos divulgados no mês passado, um dos mais comentados é o ganhador do Cólon de Ouro, Infância Clandestina, filme argentino de Benjamín Ávila, história que se passa na Argentina em 1979, quando, em plena ditadura militar, um grupo de guerrilheiros decide voltar do exílio para continuar a luta armada. A trama é narrada do ponto de vista de um menino sobre a vida escolhida por seus pais e o efeito que ela tem sobre seu amadurecimento. O filme mais parece um remake do longa brasileiro O ano em que meus pais saíram de férias, de 2006.
MUDANÇAS – A 85ª edição do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas terá seus indicados anunciados em 10 de janeiro de 2013. A premiação, diferentemente dos últimos anos, quando era entregue um mês após a abertura da votação, agora acontecerá em 24 de fevereiro. O sistema de votação também foi alterado. Saem as famosas cédulas e entra o voto eletrônico, em estações em três cidades dos Estados Unidos. Seth MacFarlane, o criador da serie Uma Família da Pesada e do recente e polêmico filme Ted, será o apresentador da cerimônia.
Veja abaixo os trailers:
Confira a lista dos 71 pré-candidatos:
Afeganistão – The Patience Stone, de Atiq Rahimi;
Albânia – Pharmakon, de Joni Shanaj;
Alemanha – Barbara, de Christian Petzold;
Argélia – Zabana!, de Said Ould Khelifa;
Argentina – Infância Clandestina, de Benjamín Ávila;
Armênia – If Only Everyone, de Natalia Belyauskene;
Austrália – Lore, de Cate Shortland;
Áustria – Amour, de Michael Haneke;
Azerbaijão – Buta, de Ilgar Najaf;
Bangladesh -Ghetu Putra Kamola, de Humayun Ahmed;
Bélgica -À perdre la raison, de Joachim Lafosse;
Bósnia e Herzegovina – Djeca, de Aida Begic;
Brasil – O Palhaço, de Selton Melo;
Bulgária – Kecove, de Valeri Yordanov e Ivan Vladimirov;
Camboja – Lost Loves, de Chhay Bora;
Canadá – Rebelle, de Kim Nguyen;
Chile – No, de Pablo Larraín;
China – Caught in the Web, de Chen Kaige;
Colômbia – El cartel de los sapos, de Carlos Moreno;
Croácia – Ljudozder vegetarijanac, de Branko Schmidt;
República Checa – Ve stínu, de David Ondrícek;
Dinamarca – En kongelig affære, de Nikolaj Arcel;
República Dominicana – Jaque Mate, de José María Cabral;
Estônia – Seenelkäik, de Toomas Hussar;
Finlândia – Puhdistus, de Antti J. Jokinen;
França – Intocáveis, de Olivier Nakache e Eric Toledano;
Geórgia – Keep Smiling, de Rusudan Chkonia;
Grécia- Adikos kosmos, de Filippos Tsitos;
Groenlândia -Inuk, de Mike Magidson;
Hong Kong – Dyut meng gam, de Johnnie To;
Hungria – Csak a szél, de Benedek Fliegauf;
Islândia – Djúpið, de Baltasar Kormákur;
Índia – Barfi!, de Anurag Basu;
Indonésia – Sang Penari, de Ifa Isfansyah;
Israel – Lemale et ha’halal, de Rama Burshtein;
Itália – César Deve Morrer, de Paolo Taviani e Vittorio Taviani;
Japão – Kazoku no kuni, de Yang Yong-Hi;
Cazaquistão – Warriors of the Steppe, de Akan Satayev;
Quênia – Nairobi Half Life, de David ‘Tosh’ Gitonga;
Quirguistão – The Empty Home, de Nurbek Egen;
Letônia – Golfstrim pod aysbergom, de Yevgeny Pashkevich;
Lituânia – Ramin, de Audrius Stonys;
Macedônia – Treto poluvreme, de Darko Mitrevski;
Malásia – Bunohan, de Dain Iskandar Said;
México – Después de Lucía, de Michel Franco;
Marrocos – Death for Sale, de Faouzi Bensaïdi;
Holanda – Kauwboy, de Boudewijn Koole;
Noruega – Kon-Tiki, de Joachim Rønning e Espen Sandberg;
Palestina – When I Saw You, de Annemarie Jacir;
Peru – Las malas intenciones, de Rosario García-Montero;
Filipinas – Bwakaw, de Jun Robles Lana;
Polônia – 80 milionów, de Waldemar Krzyste;
Portugal – Sangue do Meu Sangue, de João Canijo;
Romênia – Dupa dealuri, de Cristian Mungiu;
Rússia – Belyy tigr, de Karen Shakhnazarov;
Sérvia – Kad svane dan, de Goran Paskaljevic;
Singapura – Already Famous, de Michelle Chong;
Eslováquia – Made in Ash, de Iveta Grófová;
Eslovênia – Izlet, de Nejc Gazvoda;
África do Sul – Little One, de Darrell James Roodt;
Coréia do Sul – Pietá, de Kim Ki-duk;
Espanha – Blancanieves, de Pablo Berger;
Suécia – Hypnotisören, de Lasse Hallström;
Suíça – L’enfant d’en haut, de Ursula Meier;
Taiwan – Touch of the Light, de Chang Jung-Chi;
Tailândia – Headshot, de Pen-ek Ratanaruang;
Turquia – Atesin düstügü yer, de Ismail Gunes;
Ucrânia – Firecrosser, de Mykhailo Illienko;
Uruguai – La Demora, de Rodrigo Plá;
Venezuela – Piedra, Papel o Tijera, de Hernán Jabes;
Vietnã – Mui co chay, de Nguyen Huu Muoi.
FOTO: Divulgação