Com a baixa do Rio dos Sinos à cota adequada após a enchente histórica no Rio Grande do Sul, a prefeitura de Novo Hamburgo começou a instalação de uma bomba submersível de alta capacidade. Canos necessários foram levados até a Casa de Bombas e o trabalho segue nesta segunda (20) e terça-feira, com o transporte da bomba e do gerador pelo dique.
Esse serviço é feito em caminhões de pequeno porte, com peso controlado e com supervisão de técnicos, segundo a prefeitura, “para não comprometer ainda mais a já debilitada estrutura do dique por causa do transbordamento do rio e também pelo trânsito pesado feito por equipes da prefeitura de São Leopoldo nos últimos dias”.
“Reafirmamos nossa preocupação com a segurança dos moradores. O comprometimento da estrutura do dique pode levar ao rompimento dele quando a parte urbana estiver seca e o rio elevado. Não haverá segurança enquanto não houver um laudo de especialistas atestando que o dique está em condições de cumprir o seu papel. Nosso trabalho é feito priorizando vidas e a segurança dos moradores”, afirma a prefeita Fátima Daudt, que anunciou a chegada de uma bomba de alta capacidade da Sabesp (SP). Essa bomba faz parte do carregamento que saiu de São Paulo, na manhã de sexta-feira, e que está chegando a Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo nesta segunda.
Apoio de arrozeiros para instalação de bombas
Na tarde deste domingo, Fátima e técnicos da prefeitura receberam um grupo de arrozeiros da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) para a instalação de mais bombas flutuantes. Por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a prefeitura articulou a cooperação entre os arrozeiros e o município. Após serem recebidos pela prefeita, o grupo formado por Anderson Belolli, da área jurídica da Federarroz, o produtor Lauro Ribeiro e o engenheiro Antoniony Winkler, foi até o local com técnicos hamburguenses, junto à Casa de Bombas no bairro Santo Afonso.
“Nossa meta é conseguir bombear 5 mil metros cúbicos por segundo aqui do bairro Santo Afonso para o rio. Os equipamentos devem começar a chegar até esta terça-feira”, adiantou Winkler.
O diretor de Esgotos Pluviais da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Serviços Urbanos e Viários, Ricardo Al-Alam, lembra que é necessário reduzir o nível da água para poder chegar à Casa de Bombas, cujos motores estão submersos. Com um guindaste, os motores precisam ser retirados e levados para concerto e secagem. “Com isso, conseguimos saber em que medida os motores foram danificados pela enchete”, disse, reforçando a necessidade de bombas temporárias.