Empresa realiza o procedimento e encaminha material para que seja congelado em um laboratório em São Paulo, para, se necessário, ser usado em tratamento de doenças. .
Mônica Neis Fetzner [email protected] (Siga no Twitter)
A possibilidade de guardar células-tronco do cordão umbilical de bebês está mais próxima para os pais de Novo Hamburgo. Literalmente. Isso porque, desde maio, o BCU Brasil atua também com um escritório no município, pioneiro na região.
A idéia é extrair as células do cordão umbilical ainda no centro obstétrico e armazená-las para que, se necessário, sejam utilizadas para tratar doenças como linfoma, leucemia e paralisia. Quem explica é Frederico Ely Klein, diretor da franquia hamburguense do Banco de Cordão Umbilical. A empresa está presente também no México, nos Estados Unidos e em outros 40 escritórios no Brasil.
“A contratação do serviço é feita entre os três meses de gestação até o nascimento do bebê. O contrato deve ser assinado na gestação pela mãe e pelo pai”, esclarece. Pelo preço de R$ 3.200,00 (mais a anuidade pelo armazenamento), é possível garantir que o material coletado seja congelado no laboratório do BCU em São Paulo.
Klein define que as células-tronco são células virgens que não sofreram ações do meio externo, e que podem se diferenciar em todos os tecidos do corpo humano, como ossos, sangue e órgãos. “Células que foram congeladas há 25 anos ainda estão aptas para uso. E com a tecnologia que é utilizada hoje em dia, estas células criopreservadas sempre estarão viáveis para uso no futuro.” Segundo ele, a utilização de células-tronco adultas, extraídas do sangue do cordão umbilical, é totalmente autorizada pelas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Todos deveriam fazer a
coleta, dizem médicos
O escritório em Novo Hamburgo tem trabalhado, até agora, na exposição do serviço, mas já contabiliza três coletas. “O início está sendo ótimo, melhor que o esperado. Fazemos explicações detalhadas de como funciona o procedimento para os casais que têm nos procurado, em nosso escritório ou na casa da gestante.”
“Os médicos têm aceitado muito bem, apoiando e comemorando o fato de uma empresa estar divulgando isso na região. A opinião desses profissionais é que todos deveriam fazer a coleta. Acreditamos que, com a divulgação que estamos fazendo e as orientações que os médicos têm passado pras gestantes, a procura deve crescer rapidamente”, festeja Klein.
É possível entrar em contato com o BCU – Novo Hamburgo pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (51)3035-2800 e (51)9875-2150. Mais informações podem ser obtidas através da página do BCU na Internet, que disponibiliza, por exemplo, respostas para perguntas mais freqüentes.
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